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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Até quando dura Almeida Rodrigues?

Mensagem recebida via email:

Agora que passaram 100 dias de governo resulta óbvio que o facto de Almeida Rodrigues (AR) não ter sido reconduzido significa que o não irá ser.
A gestão de AR não vai deixar saudades, uma vez que a mesma sempre se pautou por não afrontar interesses, quer internos, mas muito menos externos. Pior, não existe qualquer estratégia na gestão da PJ, mas apenas objectivos de curto prazo que passaram, acima de tudo , pela gestão mediática do quotidiano.
As questões laborais, do papel da PJ no sistema de justiça e a sua relação com o outros OPCs sempre foram questões de somenos importância, o que interessou foi não levantar ondas, não fazer exigências, com o objectivo de manter o lugar.
Com AR assistiu-se ao nascimento de "pequenos poderes", todos eles de origem egocêntrica, dentro da Policia, e ao perder de uma unidade vital num corpo policial.
Sem General nunca um exército poderá ganhar uma guerra.
Vital será saber, mais do que o nome, o que pretende o novo Director Nacional para a " sua" Policia Judiciária.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Casa onde não há pão.....

Sindicato da PJ também exige orçamento sem cortes
18-Set-2011
Dinheiro. ASFIC considera que a haver cortes na Polícia Judiciária a “capacidade operacional” desta “pode ficar em causa”. Ministério da Justiça ainda não deu sinais sobre as contas de 2012.


Se o argumento para não haver cortes no Ministério da Administração Interna (MAI) é a preocupação com um provável aumento da criminalidade, tal também vale para a área da Justiça, sobretudo para a Polícia Judiciária. Esta é a posição da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), ontem confrontada com um provável aumento de verbas para o orçamento do MAI, tendo em conta um eventual clima de agitação social que se avizinha fruto da crise económica. “Não tenho nenhuma informação sobre cortes no orçamento da Polícia Judiciária. Mas, se eles existirem, a operacionalidade da polícia pode ficar em causa”, declarou, ontem, ao DN Carlos Garcia, presidente da ASFIC, na sequência de uma noticia avançada pelo semanário Expresso sobre o orçamento previsto para o MAI, o único que não sofreria cortes.

Segundo aquele semanário, o receio de agitação social e um previsível aumento da criminalidade levam o Governo a não mexer, e até a reforçar, o orçamento da Administração Interna, que agrega as duas polícias de proximidade e de intervenção: a PSP e a GNR. Ora, o Governo pretenderá, assim, manter ambas as forças policiais minimamente motivadas. Isto em vésperas da “semana da indignação”, que, a partir de quarta-feira, deverá juntar vários sindicatos da PSP, GNR, ASAE, Polícia Marítima e Guardas Prisionais.

Há muito a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) tem reclamado a regularização das tabelas salariais no interior da PSP, alertando também para a desmotivação dos agentes e as consequências que isto teria no combate à criminalidade e também na repressão de distúrbios à ordem pública. E o mesmo se passa na GNR.

No que diz respeito à Polícia Judiciária, os inspectores aguardam por uma decisão ministerial quanto ao pagamento das horas extraordinárias. AASFIC e a ministra da Justiça já reuniram, mas não houve decisões. Como ontem referiu ao DN um alto responsável da PJ, do ministério de Paula Teixeira da Cruz, até agora, “nada”. Nem decisões sobre a estrutura da PJ, nem algum sinal quanto ao orçamento da Judiciária para o próximo ano. Está tudo à espera do Ministério das Finanças.

Carlos Rodrigues Lima | Diário de Notícias | 18-09-2011

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