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terça-feira, 26 de março de 2013

Pudera! Com tanta GNR no centro de Lisboa!


Crime vira-se para o interior do país

Publicado às 00.23

AUGUSTO FREITAS DE SOUSA
 
 
 
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A criminalidade violenta e grave aumentou quase 50% na Guarda, o que coloca o distrito no rol das regiões do Interior que registaram acréscimos neste tipo de crimes. Castelo Branco, Portalegre, Santarém e Viseu também contabilizaram subidas, aproximadamente entre os três e 32 pontos percentuais. A par destes distritos, estão ainda Coimbra, Leiria e os Açores, onde a criminalidade violenta e grave também aumentou.
O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Antero Luís, apresentou esta segunda-feira, em Lisboa, um resumo do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), depois de uma reunião com Passos Coelho, os ministros da Justiça e Administração Interna e os responsáveis pelas forças de segurança. Manifestou-se globalmente satisfeito com a baixa de 2,3% nos números gerais da criminalidade, que classificou de "excelentes resultados" e, por isso, felicitou as polícias.
Relativamente à criminalidade violenta, o RASI aponta mais homicídios em 2012. De 117 casos em 2011 para 149 no ano passado. Antero Luís sublinhou que 37 destes crimes estão diretamente ligados à vida conjugal, apesar dos números da violência doméstica terem baixado.
Os assaltos a bancos, roubos a residências, ofensas graves à integridade física, roubos a ourivesarias e casas de ouro, roubos a edifícios, escolas, e ainda extorsão e resistência e coação sobre funcionário foram crimes que registaram aumentos em 2012.
O secretário-geral confirmou ainda ao JN o aumento significativo da criminalidade informática, sem porém quantificar a subida. Para o responsável, a crise que Portugal atravessa não está diretamente relacionada com a criminalidade, concluindo que "não há estudos que mostrem essa relação".
Outra questão passou pelo enquadramento legal das casas de venda de ouro que continuam, referiu Antero Luís, "numa espécie de limbo". A equipa mista que trabalha no assunto há mais de um ano recomendou regulamentação e licenciamento daquele tipo de estabelecimentos. Outro dado já revelado é a subida da delinquência juvenil por oposição à criminalidade grupal que o RASI refere ter diminuído 11,9%.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Tudo isto e o seu contrário


RUI PEREIRA

Observatório defende manutenção de modelo de polícias

por LusaHoje7 comentários
O presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), Rui Pereira, considerou hoje que devem ser mantidas as atuais atribuições e competências das forças e serviços de segurança para garantir a estabilidade.
"O OSCOT tem entendido que é necessário garantir a estabilidade das principais forças e serviços de segurança -- GNR, PSP, PJ e SEF -, cujas atribuições e competências devem ser mantidas no contexto atual", disse à agência Lusa o ex-ministro da Administração Interna, que há um ano assumiu a presidência do OSCOT.
Em respostas escritas enviadas à agência Lusa, Rui Pereira defende a manutenção do atual modelo de organização das forças policiais, reagindo ao recente debate sobre a criação de uma polícia única em Portugal.
Na semana passada, a direção nacional da PSP e o Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI) realizaram um seminário, onde foi defendido uma polícia única e demonstrado que a fusão da PSP, GNR e SEF representaria uma poupança de pelo menos 145 milhões de euros por ano.
Também um estudo recente defende que a fusão da PSP, GNR e Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) representaria "ganhos relevantes no plano económico e financeiro".
Assim como defende Rui Pereira, o atual Governo não tenciona fazer mudança na segurança interna, tendo o secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna já afirmado que atual modelo de organização das polícias está estabilizado e "mudanças radicais neste setor são sempre garantia de resultados desastrosos".
Na entrevista à agência Lusa, por ocasião do primeiro ano como presidente do OSCOT, o ex-ministro da Administração Interna do Governo de José Sócrates disse também que "é de esperar mais manifestações", caso a situação de recessão e o nível de desemprego se agravem.
Rui Pereira destacou "as provas de civismo e maturidade democrática" que os portugueses têm dado nas manifestações, esperando que as manifestações continuem "sem recurso à violência".
O professor universitário considerou igualmente que o comportamento das forças de segurança tem sido correto nas manifestações que se têm realizado em Portugal.
Ressalvando que não se pode estabelecer relação entre desemprego e criminalidade, Rui Pereira afirmou que "a experiência de vários países ensina que as grandes crises económicas e sociais potenciam aumentos da criminalidade".
Para o ex-ministro, entre os crimes que mais podem aumentar com a crise, estão a criminalidade económica e os crimes contra as pessoas, como por exemplo os maus tratos e violência doméstica, devido aos problemas sociais provocados pela recessão.
Rui Pereira regressou há um ano à liderança do OSCOT, organização que fundou em 2004 e que tem como objetivo a sensibilização do público para os temas da segurança.
Em jeito de balanço do primeiro ano à frente do observatório, o ex-governante disse que procurou dar continuidade ao trabalho desenvolvido durante as presidências anteriores, tendo desenvolvido projetos de ensino e investigação em parcerias com várias universidades, tendo inaugurado uma espaço nas instalações da Universidade Fernando Pessoa, no Porto.
Para o futuro, o OSCOT tem agendado a realização de um congresso e o lançamento de uma revista.
Artigo Parcial

quinta-feira, 7 de março de 2013

Tráfico de venda directa?


Presos barões da droga nos bairros do Porto

Publicado às 00.24

NUNO SILVA
 

Um milhão e meio de euros em dinheiro, droga, carros e outros bens foram apreendidos pela PSP à rede de tráfico de droga que controlava bairros do Porto, como o de Francos. Houve mais oito detidos.
O valor global do "património" apanhado aos vários suspeitos foi adiantado, ontem, pelo subintendente Sérgio Loureiro, comandante da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP do Porto, horas depois da megaoperação, com 51 buscas, que varreu os bairros sociais de Francos, Ramalde, Aleixo, Cerco e Pasteleira. Na primeira fase, desencadeada anteontem, tinham sido apreendidos 8,3 quilos de cocaína e detidos seis indivíduos.
Os investigadores já tinham referências de que alguns dos suspeitos, sem profissão conhecida, tinham um nível de vida elevado. Ao cabecilha do grupo, de 25 anos e com vastos antecedentes criminais, foram apreendidos carros de luxo: um Audi R8 que pertenceu ao futebolista do Real Madrid Di Maria e um BMW Série 6.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Uma questão de (des)motivação

Artigo recebido por mail

O ânimo da PJ está em baixo.
Há muito que se tinha constatado que a Direcção da PJ- estranhamento renomeada pela Ministra - não tinha qualquer projecto para a "casa", agora constata-se que afinal há um projecto: junção da PJ a outras noivas (PSP para os "militaristas", GNR, PSP e SEF para os "integralistas").
Uma coisa é certa: depois desta direcção para o abismo, quem pegar na "casa" receberá um presente envenenado.
Entretanto aguarda-se que a ASFIC consiga que o trabalho suplementar seja pago não de forma justa, mas condigna. Engraçado será ver aqueles que sempre estiveram contra a festa a largar foguetes........

Mas a desmotivação não se resume a "trocos", radica numa total ausência de perspectivas:  institucional, de carreira, de meritocracia. Explicar isto a quem não percebe nada de gestão de recursos humanos é como explicar uma equação a quem não sabe fazer uma conta de somar....

Em três palavras: um nó górdio....... Há por aí um Alexandre ( que in casu surge sob um Magno manto) mas será que tem espada para esta corda?

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Lisboa, Portugal
Investigador Criminal