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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

É preciso alimentar o mito

Artigo enviado para o Blog por uma " não Policia". Obrigado pela sua colaboração
É inegável que existe o mito da Polícia Judiciária. Se dúvidas ainda houvesse, o recente sucesso de “escritores” ex-polícias, o uso de títulos como “ex-agente da Polícia Judiciária, quando há anos que se é “ex” e a “policite” aguda de muitos opinion-makers em Portugal, acabaria com elas.
O mito da eficiência e eficácia da Polícia Judiciária é antigo. A falta de conhecimento do povo, alimentada pelo secretismo, acalenta o mito sem grande esforço e isso reflecte-se no respeito e curiosidade do comum cidadão relativamente aos polícias.
Já o mito dos polícias é outra história. Os inspectores da PJ são os maiores, inteligentes, com pinta, charmosos (o charme do polícia à Hollywood). Ninguém brinca com eles, são todos pessoas especiais e com egos fora do normal. O mito até tem piada mas está a definhar, morre lentamente de subnutrição.
Ao entrar neste blogue pela primeira vez fiquei surpreendida com a importância dos temas apresentados. São assuntos que indignam qualquer cidadão e que realçam a falta de respeito com que a instituição, e os seus elementos, tem vindo a ser tratada (ou melhor ignorada) nos últimos anos. A falta de comentários aos textos, numa altura em questões tão importantes da vida judiciária e da própria instituição estão em debate, é, no entanto, ainda mais surpreendente.
Estarão os polícias tão ou mais adormecidos que o cidadão comum? Não pode ser, então e o mito? Onde está a irreverência? Onde está a inteligência? Onde está o intervencionismo? Só funciona para prender bandidos? Onde estão os homens que criaram o mito?
O mito da instituição perdurará ainda durante algum tempo, quanto ao mito dos homens, esse definha, afinal de contas os inspectores da PJ são, até prova em contrário, apenas homens comuns!
(Todos menos um!)
Outsider

1 comentário:

Anónimo disse...

Todos os mitos caíram menos um: há que reconhecer que continuamos a usar (e abusar) da discrição...

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Lisboa, Portugal
Investigador Criminal