Debate de temas sobre a Policia Judiciária, investigação criminal, prática judiciária e temas de direito. Se quiser enviar artigos: invescriminal@gmail.com
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Tentativa (gorada?) de abanar as águas
Vencer a apatia
A ASFIC/PJ iniciou negociações com o MJ, para rever a Carreira Especial de Investigação Criminal da PJ e do restante pessoal, conformando--as com a lei vigente. A PJ não se afirma só pela construção da nova sede.
27 Maio 2012Nº de votos (1) Comentários (0)
Por:Carlos Garcia, Presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal
É nesta negociação que podemos avançar a passos largos para a concretização de um verdadeiro Corpo Superior de Polícia, resolvendo de vez «anormalidades» que entravam o bom funcionamento da PJ, reconhecendo direitos básicos e cumprindo o determinado pelo Conselho da Europa. Esta etapa ficaria completa com modificações substanciais na LOIC e LOPJ e com um reforço acentuado de recursos humanos (mesmo com o reforço de 80 Inspectores em 2013 vamos chegar a 2014 com um efectivo idêntico ao de 1997!). Se isto não é outro sinal de definhamento então o que é? Perante tantas obrigações incontornáveis vamos ver quem efectivamente tem uma visão estratégica e um projecto para o futuro. O Director Nacional da PJ continua apático perante enxovalhos constantes. E será que o conceito da Srª Ministra da Justiça sobre a PJ tem correspondência no núcleo duro do Governo? Desconfiamos que não…
terça-feira, 15 de maio de 2012
Quo Vadis......
Artigo recebido via mail:
Ao regressar de um fim-de-semana, uma senhora verificou que a sua casa havia sido assaltada. Registe-se que a senhora deve pertencer à aristocracia, já que assina com cerca de dez nomes. Foram furtadas joias, mas rejeitaram o dinheiro - que se encontrava acessível. Foi chamada a PSP, que se deslocou ao local e recolheu os elementos que julgou pertinentes.
Acontece que o filho da senhora presumivelmente aristocrata é amigo do subdirector da Directoria do Norte. O qual subdirector fez deslocar o GTP ao local. O GTP limitou-se a tirar umas fotos mas, naturalmente, teve de elaborar expediente. O qual teria de dar origem a um inquérito. Inquérito que teria de ser remetido à PSP, para junção, não só por ser a competente, mas também porque teve conhecimento do ilícito em primeiro lugar e, finalmente, porque foi o primeiro OPC a deslocar-se ao local. Ou seja, o inquérito (já existia NUIPC, naturalmente) deixava de estar sob a alçada da PJ.
O que nos vale é termos subdirectores (e não só) inteligentes e expeditos: registe-se o expediente como "Furto de Obras de Arte"(????), que é da competência da PJ. Assunto resolvido. O inquérito da PSP vai juntar ao da PJ, e não o contrário.
Assim vai este país.
Assim vai a Polícia Judiciária...
sábado, 12 de maio de 2012
Mais sopa....
01035/04.0BEBRG
Secção: 1ª Secção - Contencioso Administrativo
Data do Acordão: 03/23/2012
Tribunal: TCAN
Relator: Carlos Luís Medeiros de Carvalho
Descritores: PJ
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
HORÁRIO TRABALHO
TRABALHO EXTRAORDINÁRIO
Sumário: Todo o serviço prestado pelo pessoal da PJ que se enquadre no grupo do pessoal de investigação criminal, quando prestado fora do período de funcionamento dos serviços e do seu horário normal de trabalho, desde que não assuma uma natureza permanente e constante e se mantenha dentro das suas funções especificas [de investigação] encontra a sua contrapartida remuneratória na percentagem de 25% da remuneração base que é atribuída por referência ao factor de disponibilidade funcional, não podendo ser remunerado como trabalho extraordinário.*
* Sumário elaborado pelo Relator
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