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quinta-feira, 28 de junho de 2012

O que faz o sol na cabeça.....


Ao fim e ao cabo

Receita antiga

O remédio é o mesmo de sempre: quando um determinado tipo de crime começa a assustar, criam- -se equipas mistas – com pessoal da PJ, da PSP e da GNR – para lhe dar caça e descansar a sociedade.
Por:Manuel Catarino, Subdirector
Letra



Foi assim, por exemplo, há um par de anos com o ‘carjacking’. Mas, a avaliar pelas estatísticas oficiais, a receita não deu os resultados esperados. Os números do Relatório Anual de Segurança Interna não mentem: em 2011, foram registados 392 casos de ‘carjacking’ – o que representou um aumento face ao ano anterior.
Apesar das equipas mistas, o roubo de carros com sequestro do condutor não tem parado de subir. O velho remédio, pelo que se vê, não serve. A criação das equipas mistas é uma confissão pública da ineficácia do actual modelo de organização policial e do fracasso da partilha de informações. Deixemos de parte a Polícia Judiciária – para que não subsistam equívocos – tutelada pelo Ministério da Justiça e com a grande investigação criminal. Mas manter o País dividido entre territórios da PSP e da GNR é capaz de fazer cada vez menos sentido.

17 comentários:

Anónimo disse...

A opinião é livre, no entanto certos disparates de alguns "jornaleiros" de um tal jornal de "caserna" é que não deviam ser publicados, mas enfim, como todos já sabemos e de vez em quando o tema vem à baila. Espero com toda a franqueza que não seja mais uma daquelas a mando de um dirigente sindical, que a pretexto de algo, e talvez dentro de um envelope lhe entregue um texto de escárnio e maldizer com mais alguma coisa à mistura.......

Pássaro voador

Anónimo disse...

PSP e GNR obviamente deveriam ser fundidas, como é possivel num país tão pequeno existirem duas policias com as mesmas competências?? Claro, os tachos para os majores, generais, intendentes...
Mais e isto ninguém diz, como é que é possivel a GNR não ter competencia territorial em Liboa e manter ali milhares de militares e a gastar milhoes em instalações...

Orlando Teixeira disse...

Num País tão pequeno, não faz sentido tanta polícia (e não falaram na Polícia Marítima, também ela OPC de carácter genérico).
Extinção da PP, GNR, PM e PJ e criação de uma única Polícia Nacional. À PSP, GNR e PM caberiam missões de policiamento na rua, enquanto à PJ as tarefas de investigação criminal.
É ver o modelo americano, onde os PJ não são mais que os detectives de polícia.
Bem sei que gostavam de ser o FBI, mas as competências desta não têm ponto de ligação com a da PJ, sósia dos detectives da polícia americana.
Os recursos humanos e técnicos que se poupavam, davam para fazer uma boa polícia nacional e escusavam-se de se andar a atropelar e a gerir a informação conforme dá jeito.

Anónimo disse...

Caro Sr. Procurador, essa divisão de que fala já existe e está definida por Lei. Se o Sr. e os seus colegas a aplicassem tudo seria mais claro. Considero o M.P. o pricipal responsável por este estado de coisas. Se a PJ, como já o vi defender, não tem capacidade para tudo o que lhe diz respeito, exija que a obtenha, não recorra a quem se oferece para fazer o trabalho dos outros descurando o seu! Porque também eu gostava de poder trabalhar com qualquer outro agente da Justiça quando apanho um Procurador incompetente (também os há) ou desinteressado, mas não posso! O Sr. também não devia poder. Para terminar digo-lhe: nós somos o que queremos ser! Prova disso é que não nos vê interessados em ser outra coisa,só queremos continuar com a nossa identidade, ao contrário de muitos colegas seus que no fundo, no fundo, gostavam era de ser Polícias, como bem sabe.

Anónimo disse...

Sr Orlando Teixeira, não sei qual a sua profissão nem qual o seu grau de conhecimento sobre esta matéria, mas em primeiro lugar a PJ não procura equivaler-se, em competências de investigação ao FBI, mas ainda assim, é bem mais competente sem tanto equipamento e meios assim como é bem competente atendendo à que as normas legais nos USA são bem mais favoráveis ao trabalho de qualquer investigador.
Em segundo lugar, o Sr. anda mesmo mal informado, pois a equiparação que pode ser feita, caso o Sr. Não saiba, está associada a competências territoriais. Assim, explico-lhe que sendo os USA um aglomerado de estados o FBI é a entidade que tem competência territorial por todo o território norte-americano e actua desde que o crime em causa seja da sua competência incluindo pelo que de ter continuidade ou interatividade entre diferentes estados. Assim, se o Sr. quiser fazer equivalências nãpo lhe será dificil de perceber que em Portugal apenas a PJ tem competência de investigação por todo o território nacional indepentdentemente do departamento onde a investigação ocorre, algo que não ocorre nas restantes entidades policiais. Nesta perspectiva, os detectives de polícia como chamou, são os elementos da PSP e GNR.
Na próxima informe-se para não dizer disparates, mas tal deve ser compreendido se atendermos aos interesses pessoais do Sr. que podem estar minados por ideologias interesseiras e retrógados, que é algo que pode suceder numa fusão, onde apenas ganhavam os Srs. directores, intendentes, os restantes passam de cavalo para burro. Ou alguém estão convencido que vai ganhar mais e ter mais direitos. Se estão esqueçam.

Orlando Teixeira disse...

Caro Anónimo das 17H51

Lamento desiludi-lo, mas a minha conduta profissional inibe-me de ter interesses pessoais ou corporativos. Fiz um juramento que aceitei e jurei respeitar. Se entende óptimo, caso contrário paciência.
Mais lamento desiludi-lo, mas nem a LOIC (tão bem cozinhada na PJ por aqueles que são hoje lançados aos leões) atribui a competência exclusiva de todo e qualquer crime, como por certo não ignora, ainda que solte pragas por assim não ser.
Mesmo na competência reservada da PJ, existe um malfadado artigo que permite ao MP escolher o OPC mais adequado e tecnicamnete preparado, para o auxiliar na investigação criminal, em vez desse auxilio ser prestado pela PJ. Sabe, quem tem o domus da investigação é mesmo o MP, e só a ele cabe definir o OPC que sob a sua orientação irá actuar em sede de investigação.
Se quer dividir a investigação criminal com a PJ (como aliás a LOIC já o faz)é um problema seu.
Quantos aos êxitos, é melhor não falarmos nisso. Uns porque resultam de casos abertos e detectados por outros, em regra com pouca investigação; outros porque se funda em deturpação da verdade, com NUIPC's arranjados no momento, para justificar a invasão em terrenos que não são da sua competência. Que há êxitos, ninguém duvida, mas também há desastres dos quais não assumem. E eles estão à vista de todos, mas convém não falar deles para manter uma certa aura.
Sabe, nada tenho contra a instituição PJ e os seus profissionais. Já com alguns profissionais que se julgam o supra sumo da investigação, que não têm a humildade de se aconselhar com quem conhece o terreno (e por isso abortam investigações) e que passam o tempo a olhar-se ao espelho e a perguntar "quem são os maiores", pela arrogância e a falta de profissionalismo que daí resulta, não sou grande aprecidador. Felizmente os cowboys são poucos, mas ainda assim convinha à própria PJ colocar-lhes uma trela e nas aulas do Barro dar-lhes umas lições sobre ética e cordialidade com os outros OPC.
Da minha parte, a porta está sempre aberta a colaborar com qualquer OPC. O resto é a consciência profissional que dita leis.
Bom trabalho

Anónimo disse...

Sr. Orlando Teixeira, fico muito satisfeito de ter uma postura séria na sua actividade profissional e levar o seu juramento até ao fim.
Mas pelas suas palavras parece que essa não é a sua opinião sobre os investigadores da Polícia Judiciária já que da leitura das mesmas fica a ideia que o Sr. tem uma visão dos investigadores deturpada pois apenas fala deles como se os mesmos apenas estivessem preocupados com a existência ou não da PJ. Está enganado, como aliás bem deve saber.
Soube o Sr. responder defender a sua honra, e muito bem, mas não soube o senhor ter a humildade de reconhecer que a sua expressão "É ver o modelo americano, onde os PJ não são mais que os detectives de polícia" foi infeliz e apontando, claramente, aos investigadores dando a entender que os mesmos apenas são vaidosos e desejam manter essa vaidade.
Aliás, como o Senhor deve saber, se não sabe, informesse, todos os países efectivamente evoluídos, não têm apenas uma só polícia mas sim várias sendo que o que diferencia para Portugal são as regras que definem as competências de investigação e nas quais o Ministério Público faz o seu papel de exigir às polícias que as suas investigações obtenham resultados palpávéis que permitam ao Ministério Público fazer o seu papel de acusador com base em provas efectivas.
Neste sentido, permita-me voltar a discordar da sua visão da organização da investigação e do sistema de justiça, pois como se pode defender esse sistema o qual permite que o investigador (já que este o palel que o MP pretende assumir) e o acusador pertençam à mesma instituição. No mínimo cria a dúvida já que a velha expressão "a mulher de César não basta sê-lo, é preciso parêce-lo" também aqui pode ser aplicada.
Diz o Senhor que nada tem contra a PJ e os seus profissionais, a quem acusa de abrigar alguns cowboys. Desculpe-me a interpretação, mas as suas palavras transmitem o contrário, aliás suas opiniões aqui expressas apontam para que, na sua opinião, o MP deve ser a única entidade com competência de investigação e com permissão para fazer uso das diversas entidades policiais consoante o jeito, ou seja, o senhor não parece demonstrar grande respeito pela PJ pois assim passa a ser mais uma entidade escrava.
fala o Senhor em NUIPC's arranjados à última da hora para penetrar em terrenos alheios. Não vou contrariar a afirmação por desconhecimento se tal é verdade ou não, mas que é engraçada essa afirmação,é, pois não fala o senhor, naquilo que mais ocorre, o conhecimento de factos associados a crimes da competência reservada da PJ, por outras entidades policias e MP, no ãmbito das suas investigações e que não são comunicados à PJ até á detenção para a notícia de jornal. Vários são os exemplos de investigações de tráfico de estupefacientes em que há conhecimento da existência de fábrico e passagem de moeda falsa, e como nada resultado no que a estupefaciente diz respeito, detem-se por moeda falsa e alegasse que a investigação já decorria à muito tempo. Com este comportamento, fica o fabricante de fora e apenas ganha a vaidade de alguns. Que me diz quanto a isto? Provavelmnente dirá que o MP entedneu não ser necessário porque tecnicamente a PJ não é indicada para tal, apesar dos inúmeros anos de investigação desta e de outras matérias. Tudo bem. Afinal em Portugal vale tudo menos organização.
Valorizesse a prevenção que não é feita por razões que a própria razão desconhece.
Aliás, e atentando a que o senhor refer a LOIC como algo do desagrado da PJ, permita-me que lhe diga que só é desagradável porque o MP não faz o seu papel de regulador efectivpo de tal LOIC, sabendo apenas responder que é o titular efectivo da Investigação Criminal.
Ainda não percebi como pode uma instituição dirigir a investigação criminal, de forma tão poderosa, pois não conhece a realidade da invetsigação criminal nem tem o instinto do investigador.
Com os melhores cumprimentos e agrado por o ver a opinar neste blog.

Anónimo disse...

Sr. Orlando Teixeira, fico muito satisfeito de ter uma postura séria na sua actividade profissional e levar o seu juramento até ao fim.
Mas pelas suas palavras parece que essa não é a sua opinião sobre os investigadores da Polícia Judiciária já que da leitura das mesmas fica a ideia que o Sr. tem uma visão dos investigadores deturpada pois apenas fala deles como se os mesmos apenas estivessem preocupados com a existência ou não da PJ. Está enganado, como aliás bem deve saber.
Soube o Sr. responder defender a sua honra, e muito bem, mas não soube o senhor ter a humildade de reconhecer que a sua expressão "É ver o modelo americano, onde os PJ não são mais que os detectives de polícia" foi infeliz e apontando, claramente, aos investigadores dando a entender que os mesmos apenas são vaidosos e desejam manter essa vaidade.
Aliás, como o Senhor deve saber, se não sabe, informe-se, todos os países efectivamente evoluídos, não têm apenas uma só polícia mas sim várias sendo que o que diferencia para Portugal são as regras que definem as competências de investigação e nas quais o Ministério Público faz o seu papel de exigir às polícias que as suas investigações obtenham resultados palpávéis que permitam ao Ministério Público fazer o seu papel de acusador com base em provas efectivas.
Neste sentido, permita-me voltar a discordar da sua visão da organização da investigação e do sistema de justiça, pois como se pode defender esse sistema o qual permite que o investigador (já que este o papel que o MP pretende assumir) e o acusador pertençam à mesma instituição. No mínimo cria a dúvida já que a velha expressão "a mulher de César não basta sê-lo, é preciso parêce-lo" também aqui pode ser aplicada.
Diz o Senhor que nada tem contra a PJ e os seus profissionais, a quem acusa de abrigar alguns cowboys. Desculpe-me a interpretação, mas as suas palavras transmitem o contrário, aliás suas opiniões aqui expressas apontam para que, na sua opinião, o MP deve ser a única entidade com competência de investigação e com permissão para fazer uso das diversas entidades policiais consoante o jeito, ou seja, o senhor não parece demonstrar grande respeito pela PJ pois assim passa a ser mais uma entidade escrava.
fala o Senhor em NUIPC's arranjados à última da hora para penetrar em terrenos alheios. Não vou contrariar a afirmação por desconhecimento se tal é verdade ou não, mas que é engraçado essa afirmação,é, pois não fala o senhor, naquilo que mais ocorre, o conhecimento de factos associados a crimes da competência reservada da PJ, por outras entidades policias e MP, no ãmbito das suas investigações e que não são comunicados à PJ até á detenção para a notícia de jornal. Vários são os exemplos de investigações de tráfico de estupefacientes em que há conhecimento da existência de fábrico e passagem de moeda falsa, e como nada resultado no que a estupefaciente diz respeito, detem-se por moeda falsa e alega-se que a investigação já decorria há muito tempo. Com este comportamento, fica o fabricante de fora e apenas ganha a vaidade de alguns. Que me diz quanto a isto? Provavelmnente dirá que o MP entedneu não ser necessário porque tecnicamente a PJ não é indicada para tal, apesar dos inúmeros anos de investigação desta e de outras matérias. Tudo bem. Afinal em Portugal vale tudo menos organização.
Valorize-se a prevenção que não é feita por razões que a própria razão desconhece.
Aliás, e atentando a que o senhor refer a LOIC como algo do desagrado da PJ, permita-me que lhe diga que só é desagradável porque o MP não faz o seu papel de regulador efectivpo de tal LOIC, sabendo apenas responder que é o titular efectivo da Investigação Criminal.
Ainda não percebi como pode uma instituição dirigir a investigação criminal, de forma tão poderosa, pois não conhece a realidade da invetsigação criminal nem tem o instinto do investigador.
Com os melhores cumprimentos e agrado por o ver a opinar neste blog

Anónimo disse...

Estimado OT,

Se a sua argúcia a detectar IEC's for igual à com que lê LOIC, então não conseguiremos atingir as metas propostas. Qual é a parte do "...não podendo ser deferida a outros..." que não é clara? Ah e relativamente à porta para cooperar, é bom que a mantenha aberta pois esta poderia entrar-lhe pela porta adentro sem pedir licença.
Ass.
O Cowboy

odin disse...

Caro Procurador Orlando Teixeira, é evidente que V.Exª tem todo o direito à opinião expressa neste blogue de investigação criminal e sem afrontamentos identifica-se. Parabéns. Peço desculpa pelo meu anonimato reservado pelo nick name de Odin pois os meus telhados são de uma outra telha mais sensivel. Sabe, também eu tenho uma opinião respeitável sobre muita coisa e de entre elas as que relevam sobre as componentes funcionais e operacionais dos diferentes intervenientes processuais que a LOIC passou desde Agosto de 2000 a integrar. Deixe-me ainda assim dizer-lhe algo muito pessoal e de forma educada, numa sociedade tão desigual naquilo que tem sido a aplicação da justiça e da competitividade no preenchimento dos numeros e lugares disponiveis no aparelho de Estado, por vezes deitar a cabeça de fora e dizer umas quantas frases neste país de indios selvagens ... ajuda muito, a sair do austero silêncio e recato que tendencialmente um magistrado deveria também seguir. Mas os tempos são outros e os cowboys também.

Orlando Teixeira disse...

Caro Odin

Está elaborar em erro na identificação. Pelos vistos existirá um Magistrado do MP com o mesmo nome, mas não sou eu.
Bom trabalho

Anónimo disse...

Meus Caros

Diz o Senhor que nada tem contra a PJ e os seus profissionais, a quem acusa de abrigar alguns cowboys. Desculpe-me a interpretação, mas as suas palavras transmitem o contrário, aliás suas opiniões aqui expressas apontam para que, na sua opinião, o MP deve ser a única entidade com competência de investigação e com permissão para fazer uso das diversas entidades policiais consoante o jeito, ou seja, o senhor não parece demonstrar grande respeito pela PJ pois assim passa a ser mais uma entidade escrava.
Oooops! Será que não entende que esse é exactamente o sentimento transversal a todos os OPC, que com a LOIC perderam a única marca que revelava o seu trabalho, deixando todo esse trabalho, desde a sua origem, como se fosse unicamente da PJ? Sim, falo dos NUIPC, a única marca identificativa processual que identificava quem tinha dado origem ao processo.
Com a LOIC, de repente a PJ multiplicou os crimes, como se fossem todos eles obra do seu trabalho e, quem não conhece a verdade, até é capaz de pensar que os outros OPC nem existem.
O sentimento que revela para com o MP é precisamente o sentimento que os OPC revelam para com a PJ.
Percebe agora que não é uma questão de inveja, mas sim de revolta?
Por outro lado, estranho que a LOIC seja tantas vezes invocada quando interessa e, quando não interessa, seja esquecida. É ou não verdade que o Domus do inquérito e investigação cabe ao MP (cnf. n.º 1 do Art. 2º da LOIC).
Se vir isso no aspecto de um trabalho global, num trabalho de equipa, onde ressalta para a opinião pública esse trabalho, não vejo onde seja um trabalho escravo, até porque a opinião pública lê que o MP acusa (o que é verdade, a menos que também queiram assumir esse papel), e que a investigação da PJ conseguiu obter os elementos necessários para que aquele pudesse acusar, coisa diferente do que se passa com os NUIPC, onde de repente todo um trabalho desaparece, se esfuma, sem que seja ressaltado na acusação e na imprensa a sua origem, ficando só a PJ como a grande heroína do sucesso. E isto não é vaidade, é a mais elementar justiça de ver um trabalho reconhecido.

Anónimo disse...

Meus Caros IV
Ainda não percebi como pode uma instituição dirigir a investigação criminal, de forma tão poderosa, pois não conhece a realidade da investigação criminal nem tem o instinto do investigador.
Curioso. Seria melhor todo esse poder estar nas mãos da PJ, não? Acaso é mais credível que o MP?
Se a PJ tem mais conhecimentos de investigação criminal strictu sensu, não me parece existirem dúvidas que o MP tem mais conhecimentos sobre a lei e sua aplicação, mesmo admitindo que um ou outro Inspector possa estar ao seu nível.
A ideia é tão surrealista que demonstra bem que os conhecimentos de direito ficaram algures perdidos no tempo.
Apesar de não se poderem comparar quantos aos objectivos de cada uma, chegaram-me os anos da PVDE/PIDE/DGS para desejar hoje uma polícia tão poderosa e, pior, tão ansiosa de poder quanto a PJ hoje manifesta. Não, nos objectivos não se comparam felizmente, com benefício claro e inequívoco para a PJ, mas quanto ao poder de agir sem dar contas e sem controlo, sim.
Quem guarda o guarda?
Pois, é precisamente o MP.

Anónimo disse...

Meus Caros (Final)
Se a sua argúcia a detectar IEC's for igual à com que lê LOIC, então não conseguiremos atingir as metas propostas. Qual é a parte do "...não podendo ser deferida a outros..." que não é clara? Ah e relativamente à porta para cooperar, é bom que a mantenha aberta pois esta poderia entrar-lhe pela porta adentro sem pedir licença.
Caro cowboy, não lhe devolvo o mimo por uma questão de formação, mas permita-me lembrar que apenas os crimes enquadráveis no nº 2 do art. 7º da LOIC constituem competência reservada da PJ, não sendo passíveis de serem deferidos a outros órgãos de polícia. Todos os outros mencionados no art. 7º podem ser deferidos a outro OPC de acordo com as regras do art. 8º.
A porta aberta à cooperação é para todos os OPC, PJ incluída, porque essa é uma disposição legal que devemos observar. Quanto ao entrar “pela porta adentro” não creio que isso seja possível pela força. Não só tenho um dispositivo legal que impede a presença de entidades estranhas ao meu serviço, como isso configuraria abuso de poder, coisa que qualquer Magistrado Judicial não teria muita dificuldade em por na ordem. Portanto, e de forma clara, qualquer OPC tem a porta aberta à cooperação, a qual deve ser solicitada. Se não for, é encarado como uma qualquer entidade e colocada no seu devido lugar. Ah! E é escusado ameaçar com prisão por obstrução à justiça, porque não se identificou e justificou a razão da presença, pelo que me limito a cumprir a lei e a vedar o acesso até que aquela seja cumprida, consumada no pedido de cooperação. Por mais não seja, é uma questão de boa educação.
Quantas vezes são pedidas a cooperação sem que estejam cumpridos os requisitos de um pedido formal? A urgência assim o exige? Faça-se a posteriori. Mas não se faz porque já estão servidos.

Já agora, penso que este não seja um espaço reservado da PJ, razão que me leva a manifestar a opinião. Podem concordar ou discordar dela, mas acredito que possa ser positivo para vós, sob pena de ficarem coma visão monolítica de quem se ouve apenas a si próprio.

A grandeza das instituições e dos seus agentes, não está no poder que têm, mas do uso que fazem das suas competências e atribuições, e do respeito que manifestam com as entidades colectivas e individuais que com eles interagem.
Se isto for aplicado, estou certo que todos estaremos mais próximo de prestar um bom serviço público.

Investigador criminal disse...

Por motivos alheios à vontade do blogger partes do comentário que antecede foram apagados. Agradecia que autor enviasse o comentário via mail para publicação como post

Anónimo disse...

anónimo de 7 de Julho de 2012 20:46, o senhor deve ter uma visão deturpada pois claramente que está viciado em comportamentos ditaturiais assim como está obcecado com uma determinada estratégia que nem mede o que diz e até se contradiz.
Diz o senhor que a PJ deseja o poder sem limites comparando a mesma à PIDE. Desculpe-me, mas para não dizer outra coisa, o senhor está mesmo desatento ou apenas tem mentalidade provocatória própria de quem não tem conhecimentos e é deturpado por ideia fixa com propósitos desconhecidos.
A actividade investigatória de qualquer Polícia é escrutinada pelo MP, algo que não se passava quando da existência da PIDE, pelo que os seus receios não se justificam. Aliás o senhor apresenta uma contradição pois se a investigação ficasse no MP então é que se poderia colocar a questão de quem é o Polícia do Polícia, não acha? Até porque quando MP investiga é a própria instituição que determina se procede a acusação e quem acusa, o que pode levar a pensar porque não se investiga ou porque não se acusa determinada pessoa. Não acha?
Enquanto forem as Polícias a investigarem e o MP a fiscalizar tal investigação e a aplicar os normativos legais, a determinar se há lugar a acusação e quem acusa, as garantias de independência da investigação são bem maiores, não acha?
Em razão do que disse, pense e retractesse das asneiras empouradas que escreveu e tenha vergonha de questionar uma instituição tão digna e formada por elementos tão dignos que apenas querem dignidade. Deixe de ser frustado e seja sério nas suas avaliações senão cale-se pois não deve ter condição para falar sobre o assunto aqui em questão.
Sabe, nem todos somos como o senhor pois o seu texto reflecte aquilo que o senhor deseja, poder, e acha que todos são iguais a si e essa é uma carcaterística dos fracos, dos invejosos e dos frustados.

Ao anónimo de 7 de Julho de 2012 20:47, permita-me corrigi-lo, mas quando refere que existem crimes de competência reservada à Polícia Judiciária, o senhor está a dizer verdade, mas lamento informá-lo que o senhor não está correctamente esclarecido já que o MP, mesmo com aquele normativo, pode deferir a compatência a outra entidade policial ainda que se veja obrigado, por norma legislativa, a justificar tal opção, algo que desconfio que nunca faz. Aliás a solução que encontra é sempre a mesma, fica com a inbvestigação a seu cargo, faz equipas de investigadores, da qual não faz parte qualquer elemento da PJ. Se isto não é atribuir competências a outra entidade policial, de forma encapotada, digam-me o que é.

A mim não me ferem as competências de investigação, até porque existem muitos elementos capazes em todas as entidades policiais. A mim ferem algumas coisas, como o constante assalto de competências que existe de forma permamente e cujo alvo é sistemáticamente o mesmo, o que até é lógico atendendo que historicamente é a entidade policial de investigação, unica e exclusivamente, mas claramente detreinado por vaidades de corpos dirigentes e não pelos elementos que compões as diversas entidades policiais e que efectivamente trabalham sem dar entrevistas e sem ambições de outros lugares. Fere-me ver que existam elementos do MP, felizmente muito poucos, que apenas pensam em dar nas vistas e criam estes problemas pela sua arrogância. Fere-me que ninguém seja capaz de dar dignidade à investigação criminal.

Anónimo disse...

Em vez de guerras de NUIPC's (para as estatísticas) ou de guerras de competências ou de puxar galões deixassem TODOS de ser pavões e decidissem trabalhar em prol da comunidade que defendemos e protejemos....talvez o cidadão comum saísse a ganhar.
O que é da PJ à PJ o que é dos outros OPC's aos outros OPC's e partilhem a informação entre todos.
Existem inúmeros casos de situações muito graves e complexas resolvidas devido a uma excelente cooperação entre todos os OPC's.
Infelizmente são conhecidos alguns (poucos) casos em que não se partilha a informação ou se estrapolam competências e quem sai prejudicado é a vítima ou a sociedade.
Parem de olhar para o próprio umbigo e vão para a rua fazer cumprir a lei...TODOS sem excepção.
Há inergumenos em todas as forças, mas felizmente existem excelentes e abnegados profissionais igualmente em todas as forças. Os maus estão em minoria....juntem-se à maioria e sejam felizes sem ressabiamentos.

Com os melhores cumprimentos,
Cavaleiro Ferreira

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