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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Afinal há anomalias....ena , ena!

Greve na PJ atrasa investigações, mas polícia mantém nível operacional "altíssimo"

O secretário de Estado da Justiça reconheceu hoje que a greve na Polícia Judiciária poderá estar a atrasar o trabalho de investigação, apesar de garantir que aquela polícia "mantém um nível altíssimo de operacionalidade".


ASFIC garante que há departamentos de investigação quase parados
Notícias País

De acordo com o presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), citado pela TSF, a greve dos funcionários de investigação criminal, que desde Dezembro deixaram de fazer horas extraordinárias, levou à paragem de alguns departamentos na PJ e o número de detenções terá caído 80%.

Questionado sobre as declarações feitas pelo responsável da ASFIC, José Magalhães reconheceu que "nenhum ato de não prática de diligências pode ser milagroso e positivo para a investigação".

No entanto, o secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária garante que tal "não significa que a PJ não mantenha um nivel altíssimo de operacionalidade e não significa que o pais esteja indefeso".

"Mas temos de ter a consciência de que uma greve é uma greve e há um processo negocial que deve interromper, no mais curto prazo possível, esse processo (de greve) para retomarmos a normalidade e podermos trabalhar com mais intensidade ainda", defendeu o responsável, à margem da cerimónia do Centenário do Registo Civil Obrigatório em Portugal, que está a decorrer hoje em Lisboa.

Lembrando o processo negocial que está a decorrer, José Magalhães sublinhou: "O senhor ministro já declarou, e por isso é um compromisso, que estamos apostados na revisão do estatuto e apostados na correcção de anomalias remuneratórias que se verificam nesse estatuto". No entanto, o secretário de estado alertou que "num ano tão difícil como 2011 não há soluções milagrosas".

Os responsáveis pela investigação criminal da Polícia Judiciária iniciaram a 15 de Dezembro uma greve de protesto contra a "ausência de propostas para solucionar os problemas que assolam a carreira de investigação criminal".

O protesto decorre todos os dias úteis entre as 17h30 e as 9h00 e entre as 00h00 e as 24h00 nos fins-de-semana e feriados e abrange todo o trabalho dos funcionários de investigação, "desde que não enquadrado nos regimes previstos de prevenção passiva, piquete, de acordo com os regulamentos pré-existentes, turnos e trabalho extraordinário".

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