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quinta-feira, 21 de março de 2013

Tudo isto e o seu contrário


RUI PEREIRA

Observatório defende manutenção de modelo de polícias

por LusaHoje7 comentários
O presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), Rui Pereira, considerou hoje que devem ser mantidas as atuais atribuições e competências das forças e serviços de segurança para garantir a estabilidade.
"O OSCOT tem entendido que é necessário garantir a estabilidade das principais forças e serviços de segurança -- GNR, PSP, PJ e SEF -, cujas atribuições e competências devem ser mantidas no contexto atual", disse à agência Lusa o ex-ministro da Administração Interna, que há um ano assumiu a presidência do OSCOT.
Em respostas escritas enviadas à agência Lusa, Rui Pereira defende a manutenção do atual modelo de organização das forças policiais, reagindo ao recente debate sobre a criação de uma polícia única em Portugal.
Na semana passada, a direção nacional da PSP e o Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI) realizaram um seminário, onde foi defendido uma polícia única e demonstrado que a fusão da PSP, GNR e SEF representaria uma poupança de pelo menos 145 milhões de euros por ano.
Também um estudo recente defende que a fusão da PSP, GNR e Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) representaria "ganhos relevantes no plano económico e financeiro".
Assim como defende Rui Pereira, o atual Governo não tenciona fazer mudança na segurança interna, tendo o secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna já afirmado que atual modelo de organização das polícias está estabilizado e "mudanças radicais neste setor são sempre garantia de resultados desastrosos".
Na entrevista à agência Lusa, por ocasião do primeiro ano como presidente do OSCOT, o ex-ministro da Administração Interna do Governo de José Sócrates disse também que "é de esperar mais manifestações", caso a situação de recessão e o nível de desemprego se agravem.
Rui Pereira destacou "as provas de civismo e maturidade democrática" que os portugueses têm dado nas manifestações, esperando que as manifestações continuem "sem recurso à violência".
O professor universitário considerou igualmente que o comportamento das forças de segurança tem sido correto nas manifestações que se têm realizado em Portugal.
Ressalvando que não se pode estabelecer relação entre desemprego e criminalidade, Rui Pereira afirmou que "a experiência de vários países ensina que as grandes crises económicas e sociais potenciam aumentos da criminalidade".
Para o ex-ministro, entre os crimes que mais podem aumentar com a crise, estão a criminalidade económica e os crimes contra as pessoas, como por exemplo os maus tratos e violência doméstica, devido aos problemas sociais provocados pela recessão.
Rui Pereira regressou há um ano à liderança do OSCOT, organização que fundou em 2004 e que tem como objetivo a sensibilização do público para os temas da segurança.
Em jeito de balanço do primeiro ano à frente do observatório, o ex-governante disse que procurou dar continuidade ao trabalho desenvolvido durante as presidências anteriores, tendo desenvolvido projetos de ensino e investigação em parcerias com várias universidades, tendo inaugurado uma espaço nas instalações da Universidade Fernando Pessoa, no Porto.
Para o futuro, o OSCOT tem agendado a realização de um congresso e o lançamento de uma revista.
Artigo Parcial

4 comentários:

Anónimo disse...

Pode ser que sim, mas não me parece. A PJ está a desmoronar-se, porque está a ser minada por dentro. Não sei o que se passa nos outros locais, mas no Porto, estão a ser cuidadosamente colocados em lugares-chave de chefia elementos que nunca deram provas de competência - antes pelo contrário. Funcionários administrativos com provas dadas e com bastante antiguidade e classificação, estão a ser preteridos em benefício de quem dê informação em quantidade (não interessa a qualidade). O governo da troica interna (Óscar, Rute e Pedro) faz o que quer e sobra-lhe tempo. O director assobia para o lado. Por exemplo, nos Recursos Humanos, quem era chefe de núcleo passou a chefe de sector; e quem era chefe de sector passou a chefe de núcleo. Mas ambos se mantêm no mesmo local. Imagine-se o ambiente...
Assim, a PJ "não vai lá".

Anónimo disse...

O problema em Portugal é que possui serviços e forças de segurança a mais, bem como uma estrutura militar desajustada da realidade geopolítica internacional e como neste país tudo vive em torno de corporativismos e não de servir a res publica muitos são os se opõem à fusão da da PSP/SEF/PJ, de um lado, e GNR do outro. Mais um Serviço de informações. O que não pode é continuar a existir vinte e sete órgãos de polícia criminal num país que pouco ou nenhum peso tem no cenário internacional.
As pessoas têm que mudar a mentalidade e de uma vez por todos deixar de ter setenta e cinco almirantes para dois navios!!!!

Anónimo disse...

Será que este presidente do Observatório de Segurança vive de facto em Portugal?????
A continuar com este tipo de ideias qualquer dia têm de inventar uma forma de criar contribuintes! Porque o que não falta é gente e ideias para absorver o dinheiro dos contribuintes.

fernando josé disse...

Um pouco mais abaixo no tópico "Vira o disco?" diz-se que sim e agora neste tópico diz-se que não. Claro que não (em minha opinião).

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