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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

As cavalgadas incessantes nas competências reservadas da PJ

Apreensão de meio milhão de dólares falsos

A Unidade de Intervenção (UI) da GNR apreendeu meio milhão de dólares falsos (500.000 dólares), na madrugada de hoje (dia 14), na área da grande Lisboa, e deteve dois homens suspeitos.
Os indivíduos, referenciados pela prática de extorsão, estavam já a ser investigados, tendo esta acção sido realizada no âmbito de um inquérito a decorrer na UI, delegada pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa. Foram também apreendidos telemóveis e outros objectos, bem como uma viatura de matrícula estrangeira. O material está disponível para captação de imagem, pelas 16:30 horas, nas instalações da UI, na rua Jacinta Marto, nº5, em Lisboa.

4 comentários:

Anónimo disse...

Se quem deve não trabalha porque está de greve, há quem faça o mesmo trabalho, tão bem ou até melhor pelos vistos...

Investigador criminal disse...

Caro Anónimo,
não leve a mal, duas observações:
1- ainda bem que há criminosos que estão presos
2- não compreendo como é que a GNR - sob o beneplácito do MP refira-se - aceita investigar crimes que nos termos da Lei são da competência da PJ;
e olhe que não foi um flagrante delito , e foi em LISBOA, onde a GNR não tem competência territorial.......
Enfim....Parabéns à GNR e ao MP que estão a ficar eximinios não na luta contra o crime, mas no VALE TUDO

Orlando Teixeira disse...

Caro Investigador Criminal

Será que as tão propaladas competências reservadas foram bem sopesadas, ou derivam de influências políticas da PJ, que deu origem ao aborto jurídico do DL 49/2009?
Um organismo que diz que não tem pessoal, que demonstra no dia-a-dia que já não é capaz de acorrer a tantos crimes de competência reservada, mesmo não tendo pessoal quer esses crimes para ficarem a agurdar disponibilidade porque é da sua quinta ou percebe que o inquérito não pode perder tempo?
E, já agora, não há competências reservadas a mais, sobretudo em áreas que a PJ não percebe nada?
É, isto dos umbigos e da elevada auto estima que nos diz que somos os maiores e os outros são todos básicos, só revela que para a PJ ela é mais importante que a descoberta da autoria material de um crime.
Dava jeito termos em Portugal uma polícia criminal que trabalhasse em conjunto com todos, não se voltasse para dentro como se mais nada existisse no mundo criminal.
E que tal uma reflexão?
Um abraço

Investigador criminal disse...

Caro Orlando Teixeira,

obrigado pelo seu contributo.

Se ler alguns dos Artigos verá que, pelos menos em parte, dou-lhe razão em alguns dos reparos que faz.

Não acho que a LOIC ( Dl 49/2008 e não 2009 esse é biocombustíveis) tinha um propósito:
- reservar para a PSP e GNR o pequeno crime (com grandes números) e a criminalidade local
- dar à PJ a criminalidade mais complexa e de Âmbito nacional e transnacional

Esquececeram-se os demiurgos do sistema que os grandes crimes se descobrem através das bagatelas e que os grandes criminosos no inicio são pequenos rufias, resultado: a PJ ao não ter acesso às bases de dados da GNR e PSP perde muito. De outra forma - e aqui veja o mea culpa - a Policia acantonou-se na secretária, deixou de recolher informação, logo a realidade criminal passa à margem.

Concordo que devia apenas existir uma única Policia de Investigação (hoje, a somar aos 1200 elementos da PJ na PSP e na GNR serão mais de 5000 elementos na investigação/instrução processual)

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