GNR perdeu 1500 militares em 2010 e abriu 805 processos disciplinares
por Rosa Ramos, Publicado em 07 de Junho de 2011 | Actualizado há 7 horas
Balanço social de 2010, a que o i teve acesso, mostra que foram abertos 805 processos disciplinares a militares
A Guarda Nacional Republicana (GNR) perdeu mais de 1500 militares só no ano passado. Em Dezembro de 2010, a Guarda tinha 24108 efectivos, entre militares e civis, segundo o balanço social daquela força de segurança, a que o i teve acesso.
Entre 2009 e 2010, a GNR perdeu 1425 guardas. No ano passado eram 19930, enquanto que no ano anterior existiam 21355. O número de sargentos também diminuiu, de 2650 para 2550. Já os oficiais também sofreram um decréscimo, passando de 757 em 2009 para 729 em 2010. No total, a GNR perdeu 1553 militares no espaço de apenas um ano. "Estas perdas têm ênfase no número de efectivos que passaram à reserva e no facto de não ter sido atenuado por novas entradas, dado que não foi autorizado o concurso em 2009 para o curso de formação de guardas, cujas admissões ao quadro teriam lugar em 2010", explica o balanço social da GNR. No entanto, o número de civis ao serviço da Guarda aumentou de 591 funcionários para 899 em 2010.
Mil com quarta classe Segundo o balanço social, de entre os 23209 militares que a GNR tinha no fim de Dezembro de 2010, 1005 são mulheres - que correspondem, assim, a 6,24% do total de efectivos. A maioria dos GNR tem entre os 30 e os 34 anos (existem 4834 homens nesta faixa etária). Quanto à antiguidade, não existem mulheres, na GNR, com mais de 45 anos, mas há seis que têm entre os 40 e os 44 anos.
No que toca às habilitações literárias, mais de mil militares só tem a quarta classe (1028, dos quais 240 são mulheres) e mais de 8500 efectivos têm apenas o nono ano de escolaridade.
Os salários O maior vencimento na GNR ascende aos 6879 euros. O fosso salarial dentro daquela força de segurança é grande, já que o segundo maior vencimento situa-se entre os 4751 e os 5 mil euros.
A maioria dos militares masculinos ganha entre 1251 e 1500 euros, enquanto que as mulheres auferem bastante menos: a maior parte recebe entre os 501 e os mil euros. No que toca aos vencimentos mais baixos, há 40 homens e 385 mulheres a receber menos de 500 euros por mês.
No total, em 2010, segundo o balanço social, a GNR gastou, em encargos com pessoal, mais de 790,6 milhões de euros. Só no pagamento de suplementos para reuniões de trabalho, a Guarda desembolsou mais de 6,5 milhões de euros.
Também em 2010, registaram-se 627 acidentes de trabalho, de que resultaram quatro mortes e foram instaurados 805 novos processos disciplinares a militares, que se vieram juntar aos 933 que transitaram de 2009. No ano passado foram resolvidos 701 - que originaram 79 repreensões escritas, 155 suspensões e 13 demissões. Mais de 450 foram arquivados.
Saídas No ano passado, morreram 24 militares da Guarda - quatro deles por causa de acidentes ocorridos no local de trabalho - e reformaram-se 31, tendo passado à reserva 1264, refere o balanço social.
Ainda segundo documento, só no espaço de um ano perderam-se 143783 dias de trabalho na GNR por motivo de doença. Isto só no que se refere aos homens: já as mulheres faltaram 8614 dias alegando motivos de saúde.
Devido às licenças de casamento, perderam-se quase 4900 dias de trabalho na GNR.
Nota da blogger: nada me move contra a Instituição GNR , na qual existem excelentes profissionais, o que não compreendo é, num país pequeno integrado na União Europeu, se aposte numa força policial militarizada que apenas significa o duplicar de funções com a PSP.
Entre 2009 e 2010, a GNR perdeu 1425 guardas. No ano passado eram 19930, enquanto que no ano anterior existiam 21355. O número de sargentos também diminuiu, de 2650 para 2550. Já os oficiais também sofreram um decréscimo, passando de 757 em 2009 para 729 em 2010. No total, a GNR perdeu 1553 militares no espaço de apenas um ano. "Estas perdas têm ênfase no número de efectivos que passaram à reserva e no facto de não ter sido atenuado por novas entradas, dado que não foi autorizado o concurso em 2009 para o curso de formação de guardas, cujas admissões ao quadro teriam lugar em 2010", explica o balanço social da GNR. No entanto, o número de civis ao serviço da Guarda aumentou de 591 funcionários para 899 em 2010.
Mil com quarta classe Segundo o balanço social, de entre os 23209 militares que a GNR tinha no fim de Dezembro de 2010, 1005 são mulheres - que correspondem, assim, a 6,24% do total de efectivos. A maioria dos GNR tem entre os 30 e os 34 anos (existem 4834 homens nesta faixa etária). Quanto à antiguidade, não existem mulheres, na GNR, com mais de 45 anos, mas há seis que têm entre os 40 e os 44 anos.
No que toca às habilitações literárias, mais de mil militares só tem a quarta classe (1028, dos quais 240 são mulheres) e mais de 8500 efectivos têm apenas o nono ano de escolaridade.
Os salários O maior vencimento na GNR ascende aos 6879 euros. O fosso salarial dentro daquela força de segurança é grande, já que o segundo maior vencimento situa-se entre os 4751 e os 5 mil euros.
A maioria dos militares masculinos ganha entre 1251 e 1500 euros, enquanto que as mulheres auferem bastante menos: a maior parte recebe entre os 501 e os mil euros. No que toca aos vencimentos mais baixos, há 40 homens e 385 mulheres a receber menos de 500 euros por mês.
No total, em 2010, segundo o balanço social, a GNR gastou, em encargos com pessoal, mais de 790,6 milhões de euros. Só no pagamento de suplementos para reuniões de trabalho, a Guarda desembolsou mais de 6,5 milhões de euros.
Também em 2010, registaram-se 627 acidentes de trabalho, de que resultaram quatro mortes e foram instaurados 805 novos processos disciplinares a militares, que se vieram juntar aos 933 que transitaram de 2009. No ano passado foram resolvidos 701 - que originaram 79 repreensões escritas, 155 suspensões e 13 demissões. Mais de 450 foram arquivados.
Saídas No ano passado, morreram 24 militares da Guarda - quatro deles por causa de acidentes ocorridos no local de trabalho - e reformaram-se 31, tendo passado à reserva 1264, refere o balanço social.
Ainda segundo documento, só no espaço de um ano perderam-se 143783 dias de trabalho na GNR por motivo de doença. Isto só no que se refere aos homens: já as mulheres faltaram 8614 dias alegando motivos de saúde.
Devido às licenças de casamento, perderam-se quase 4900 dias de trabalho na GNR.
Nota da blogger: nada me move contra a Instituição GNR , na qual existem excelentes profissionais, o que não compreendo é, num país pequeno integrado na União Europeu, se aposte numa força policial militarizada que apenas significa o duplicar de funções com a PSP.
3 comentários:
Este sindicalista é uma anedota.
Já se esqueceu porque foi atribuida investigação criminal aos outros opc(s) através da loic?
Pois tinham muito trabalho e não podiam dar a devida atenção ao crime minor.Esqueceu-se foi de pensar,que atrás de um furto de veiculo pode estar uma organização transnacional de crime.A outra anedota é o exemplo dos nossos vizinhos Espanhois e Franceses.Os seus colegas nesses países são fardados e garanto-lhe que 99%dos homens e mulheres que trabalham nesse CNP,dizem que nunca voltariam ao modelo antigo.Pois aquando de encontros bilaterais eles manifestam estar muito contentes com as reformas institiudas,e perguntam o porque de um país como uma região espanhola ter tantas policias.Mas uma coisa é certa,para a PSP,bastava que o SEF regressa-se a casa de onde nunca deveria ter saído.
Oh Anónimo...
Mas a atribuição de investigação criminal aos "outros" OPC's não foi para dar cobertura legal a uma situação de facto? Não foi isso que foi feito com a 81/95? Não foi isso que foi feito com a 21/2000? Mas o mais engraçado, já que de anedota se trata, não é o facto de os Espanhóis e Franceses terem criado mecanismos de coordenação para coordenar as diversas instituições fardadas (no entanto a investigação criminal nesses Países nunca actua fardada - vide a Polícia Judicial ( e esta é apenas para quem sabe do que se trata) ou as respectivas contrapartes (OCTRIS, OCTRIEST, etc...). E depois para acabar, como deverá saber caro Anónimo, o SEF nunca fez parte da PSP, quando muito (e já querendo muito) terá feito parte da Brigada Fiscal (agora GNR), que era quem controlava as fronteiras nacionais. E pronto, com um pouco de passado e de presente, se desmantelou um engano.
Através do Decreto-Lei n* 215/74, de 22 de Maio, fora atribuído ao Comando Geral da PSP, em substituição da Polícia Judiciária, o controlo de estrangeiros em território nacional, a emissão de passaportes para estrangeiros e a emissão de pareceres sobre pedidos de concessão de vistos para entrada no País, enquanto que à Guarda Fiscal continuava atribuída a vigilância e a fiscalização das fronteiras. Na PSP, tomou-se consciência do enorme volume de trabalho que esta áerea da Segurança Interna comportava e, bem assim, do enorme volume do património herdado e que, pouco a pouco, lhe vinha ter às mãos no decorrer das necessidades surgidas ao documentar ou actualizar documentação dos cidadãos estrangeiros. Assim, com atribuições bem definidas no referido Decreto-Lei de 22 de Maio, tornou-se bem claro que era necessário individualizar este Serviço, dentro da PSP. Foi deste modo que nasceu a Direcção de Serviço de Estrangeiros - DSE, no Comando Geral da PSP, pela via do Decreto-Lei n* 651/74, de 22 de Novembro.
Sr anónimo,quando se fala e não se está documentado fazemos figuras tristes.Informe-se antes de comentar.
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