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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Crimes ao quilómetro- ATT Manuel Catarino

Leiria: roubaram 85 km de cobre

Furto de cobre obriga empresários, GNR e PT a criar Serviço de Provedoria

GNR, PT e empresários de Leiria criaram um Serviço de Provedoria para combater o crescente furto de cobre no distrito, disse esta terça-feira o presidente da NERLEI ¿ Associação Empresarial da Região de Leiria.

Segundo dados da GNR até Julho deste ano foi participado no distrito de Leiria o furto de 85 quilómetros de fio de cobre, com um valor estimado em 377 mil euros.

Em 2010 foram realizadas 687 denúncias, tendo desaparecido nesse ano mais de 373 quilómetros de cabos, avaliados em 811 mil euros.

Um ano antes a GNR recebeu 350 participações, deteve 37 suspeitos em 2009 e identificou 48 pessoas, num ano em que os prejuízos foram estimados em 790 mil euros.

Pombal, Leiria, Alcobaça e Caldas da Rainha são os concelhos mais afectados.

O presidente da Nerlei, Ribeiro Vieira, sublinha que a região e as empresas têm sido confrontadas com crescentes «situações de corte súbito de energia e comunicações» e que «a própria EDP se queixava de que Leiria era dos distritos no país onde mais se roubava cobre».

A GNR também tem vindo a alertar e a trabalhar neste caso, mas sozinha, ilustra, só conseguiria acabar com esta situação «se colocasse um militar junto de cada poste».

Perante este cenário, conclui Ribeiro Vieira, «enquanto prejudicados, é claro que estamos sempre dispostos a sermos provedores das empresas, desta feita em parceria com estas duas entidades».

O Serviço de Provedoria de Empresas começou a funcionar hoje, no mesmo dia em que a NERLEI enviou uma carta aos empresários associados, explicando-lhes as situações em que estes devem contactar o novo serviço.

O corte repentino de energia e comunicações, a realização de trabalhos nas redes eléctricas e de comunicações por indivíduos não identificados ou em horários tardios, por exemplo, devem ser alvo de denúncia ao Serviço de Provedoria de Empresas, explica a NERLEI em comunicado.

1 comentário:

Anónimo disse...

O problema não é colocar um homem em cada poste,mas sim alterar a legislação penal no que concerne à figura do receptador e igualar ou agravar a medida da pena que é tida para o autor. Assim sim tinhamos sucesso, enquanto tal demonstração de atitude não for tida pouco ou nada resolverá condutas de vigilância pró activas e parcerias da treta só para mitra ver. Fala-se aqui da questão do cobre, como se poderia falar da situação do ouro e das medidas que importa ter para evitar os furtos e roubos nas residências e penas de encerramento compulsivo e cadeia aos receptadores que neste ambiente sem escrupulos se movem e enriquecem enquanto os senhores magistrados os ouvem na qualidade de testemunhas e muitas vezes por acto de confissão do autor, chegam ao ridiculo dos dispensar da audiência de julgamento. Infelizmente é o temos, ser gatuno receptador é o que está a dar, melhor é o que sempre tem dado.

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