O grande problema da Policia é que precisa de uma "troika" Judiciária, porque está visto que esta Direcção Nacional não fez, nem fará, o que é necessário para uma mudança séria e efectiva na estrutura e procedimentos do trabalho na "casa". Disto resulta que se existir renovação da Comissão da actual Direcção da PJ, significa definhar mais três e uma mais que certa incorporação num outro qualquer modelo.
A estrutura da PJ assente em Piquetes(aquela " coisa" que existe em todas as "chafaricas", que dura 24 horas e que quem ganha mais são os "Doutores" que apenas estão lá 30 minutos.....) e Prevenções é um modelo pesado, inoperacional e com custos(indirectos) muito elevados. È pesado porque implica imputar ao Piquete (e às suas folgas!)um elevado número de funcionários - já contaram que num DIC tipo Portimão à segunda feira estão "por conta do Piquete" 10 investigadores? As folgas de 5ª,6ª, Sábado, Domingo e o que estão no Piquete 2ª Feira....isto num efectivo de quantos Inspectores? 30?35? - e que não tem qualquer operacionalidade para além de atender o telefone e abrir a porta, ahhh e a segurança das instalações que não é da competência dos Inspectores......O SIIC tem graves falhas de concepção que tardam em ser corrigidas......vejam como se faz no SEI da PSP e talvez se retirem algumas ilações, certo é que há " batalhões" de administrativos - e Inspectores!!- no SIIC e aquilo espremido, espremido, o que é que dá?
Bem e a verdade é que não basta mudar a direcção, tem de se mudar uma mentalidade arreigada há alguns anos a esta parte que os Inspectores Chefes não trabalham, a sua tarefa é levar os Processos aos Coordenadores que despacham " ao DIAP"....... ou semelhante, era preciso demonstrar que estas tarefas eram realizadas por contínuos e por um carimbo.....e saiam bem mais baratas.......
Outro direito consuetudinário é o peculato de uso dos veículo das Policia, este vai ser bem de resolver porque muitos compraram casas na Margem Sul, zona Oeste, etc com a perspectiva (ou direito adquirido) que usufruir de um bem público para efeitos particulares, bem vistas as coisas se alguns Directores têm motorista sem fundamento legal, porque é que outros não podem gastar uns trocas em gasóleo, portagens e pneus? Ou há moral......
5 comentários:
Bem,
Caro Colega,
Presumo que não te chateias se te pedir para rectificar a expressão que resulta do acto de espremer e não exprimir. Foi um lapso, mas a imagem que damos para fora também é importante aqui nestes espaços abertos e de liberdade. Por isso nada me incomodará se omitires esta primeira parte do meu comentário.
Vamos ao que interessa:
Sobre os piquetes. Concordo, apesar dos termos pouco edificantes usados para qualificar um pequeno departamento. Não é bonito e só vem deslustrar a pertinência e a relevância do tema na PJ.
Até porque este não é um drama só dos mais pequenos. É também dos médios e grandes departamentos. Só que sem as mesmas funestas consequências ao nível da operacionalidade.
À excepção de Lisboa e Porto, por um lado e de Guarda e Ponta Delgada, por outro, em todos os DICs e nas Directorias do Centro e do Sul, são escalados diariamente dois Colegas.
Se em Coimbra e em Faro e até em Braga e Setúbal o impacto de tal medida é bastante atenuado por mais de cinquenta escaláveis, já em Portimão, Funchal, Leiria e Aveiro, sobretudo nos dois primeiros, o baixo efectivo conduz a situações caricatas e perigosas de, em “Segundas-feiras” como “hoje”, não haver vivalma para uma mãozinha!!!!
Depois temos os DICs criativos como os já citados Guarda e P. Delgada. Não tenho termo mais apropriado que “vergonha” para ilustrar os moldes em que os piquetes são ali efectuados. Ou seja, o funcionário de serviço, inspector da PJ, corpo superior de investigação criminal, a quem se exige licenciatura para dele fazer parte, altamente especializado, internacionalmente reconhecido, é levado ao patamar mais baixo da escala de todos os OPCs e que é o de plantão. Pior só o de faxina.
A liberdade que esta e todas as anteriores direcções têm dado aos pequenos tiranetes que povoam a nossa instituição e que se potenciam, vá-se lá saber porquê, à chegada a uma comissão serviço na província, neste aspecto, tem-se revelado completamente contraproducente em termos operacionais e de imagem da instituição. Há muito que era necessário pôr termo a este verdadeiro regabofe e gozo com os dinheiros públicos.
Curiosamente, é no mais pequeno de todos e aqui ainda não falado, para lá do Marão, que está o desempenho que se exige à PJ em meios onde dispõe de poucos recursos (ou onde não precisa de mais).
Se assim funciona, sem piquetes, então por que não estender a todos os DICs o sistema de Vila Real e pôr a PJ a fazer aquilo para que foi criada e sabe fazer bem, a investigação criminal, pois que piquetes/plantão, qualquer Zé faz (como falaram em Portimão lembro logo o Camarinha de piquete e que até tem a vantagem de falar cámone).
E sobre a vergonha que falta?
Os senhores que se auto-escalam para um serviço que não existe, pois aquilo que efectivamente fazem é uma prevenção (passiva) ao piquete?
Bom, o melhor mesmo é ficar por aqui para não chegarmos ao tal direito consuetudinário.
O melhor mesmo é esperar, pois pode ser que a pressão da crise e da troika acabem por fazer algo mudar nestes aspectos. É preciso virem de fora arrumar a casa!?
Abraço
Obrigado pela correcção, exprimir laranjas de facto não dá sumo........
Alterei também os termos - que nunca foram depreciativos, mas apenas adjectivos de grandeza -relativos aos pequenos departamentos.
Chafarica - Taberna, baíuca (dicionário da língua portuguesa)...
Não parece muito edificante para qualificar departamentos de uma policia da qual se faz parte, apesar de considerar que taberneiro é uma profissão tão digna como outra qualquer.
chafarica
s. f.
1. [Popular] Loja maçónica.
2. Taberna; baiuca.
in Priberam (http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=chafarica).
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