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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O que ficou por dizer

 A manifestação realizada demonstrou o desencanto dos "funcionários de investigação " da Policia Judiciária e o forte papel aglutinador da ASFIC (embora tenha constatado menor presença do pessoal do "norte").
Os discursos realizados tiveram a tónica errada, os "denominadores comuns" aos que estiveram na manifestação não constaram dos discursos.

A PJ prima pela DISCRIÇÃO e NÃO queria fazer esta manifestação.

A MANIFESTAÇÃO NÃO FOI DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CONTRA O ORÇAMENTO OU CONTRA O GOVERNO.

Certamente houve centenas de razões diferentes para a presença na manifestação.

A MANIFESTAÇÃO FOI DE POLICIAS, DE "PJS", POR CONDIÇÕES DE TRABALHO, nomeadamente:
- veículos em condições
-computadores adequados
- impressoras (que não existem)
- regulamento adequado do trabalho suplementar e consequente pagamento condigno
- estatuto profissional
-estratégia institucional
-ausência de concursos de ingresso e de progressão na carreira

A MANIFESTAÇÃO FOI APARTIDÁRIA, MAS NÃO FOI APOLÍTICA.

Os que "lá" estiveram (e certamente outros que não puderam ir, mas comungam as preocupações), estão fartos da discriminação  que a PJ tem sido alvo quando comparada com outras força de segurança.

Estão fartos de constantes "cavalgadas" de outras forças de segurança  em competências exclusivas da PJ.

Estão fartos de dirigentes que apenas se preocupam com parangonas.

Estão fartos de chefias que nada chefiam e de coordenadores cuja função está, há muito, esvaziada de competência. 

Foi pena não se ter "convocado" os candidatos aprovados ao concurso para Inspector (que nunca começa, e a que consta o concurso caduca em Abril de 2013) que numa manifestação de cores escuras poderiam ter ido vestidos de branco....

Em conclusão, estão fartos da FORMA COMO A PJ (cujo papel no estado de direito e na defesa de direitos liberdades e garantias todos reconhecem), e os seus trabalhadores, TEM SIDO TRATADOS.






12 comentários:

atchim disse...

foi o que faltou dizer...

Anónimo disse...

Faltou dizer que alguns lá foram contra os MAMÕES que há na instituição, que se apropriam de carros, telemóveis e outros e quando é para trabalhar....não podem.....

Anónimo disse...

Também ficou por dizer:
- a situação do trabalho suplementar ainda não está resolvida porque a ASFIC se vendeu
- que a PJ se aburguesou com carros, telemóveis.....

Anónimo disse...

Será que existe alguém "com espírito de missão" ...

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/o-fascinio-da-financa



Anónimo disse...

Eu fui, mas não vou mais!
Quando quiser ir a uma manifestação com conteudo igual às da CGTP e outras, vou às iniciativas dessas estruturas.
Ninguém me informou que se iria fazer política naquela tarde, em vez de se tentar informar a sociedade acerca do que realmente nos preocupa, pelo menos a mim e, ao que vejo, ao autor do blog.

Anónimo disse...

Relativamente à Sra. CSIC, assim se vê o interesse destes senhores (pelo menos o de alguns).

Quanto à manifestação, grande desilusão:
- em número de pessoas;
- em discursos (excepto o inflamado);
- no discurso final (em jeito de conteúdo sindical extra-institucional);

Enquanto não acabarem os 'tachos', pouca luta poderá existir. Por isso, como noutro comentário, vão deixar de contar com outro ...

Anónimo disse...

Eu estou com o Anónimo de 22 de Novembro as 18:35.
AInda agora cheguei e já estou farto de MAMÕES que nada fazem, muito se aproveitam dos meios da polícia para proveito pessoal (agora com o argumento de que se são roubados pelo poder político têm todo o direito de se aproveitar fazendo assim passar os restantes colegas por estúpidos) e que ainda se arrogam de grandes funcionários...tudo com a conivência de chefes, coordenadores e directores que por também fazerem o mesmo acham que está tudo bem.

Este sim, seria também um tema interessante de discutir.
E quem sabe....assim como saíu uma lista da maçonaria...sair também uma lista dos MAMÕES!

odin disse...

Em casa onde não há pão ... todos ralham e ninguém tem razão e por ai fora ... por ai fora. Mas porque raio se sugere se fazer um rol dos mamões, talvez fosse mais adequado fazer um rol dos parvos! Peço desculpa pela minha hipocrisia.

Anónimo disse...

Gostei da Idia do colega das 22:20 horas de 26/11. Vamos começar já a publicar a lista dos MAMÕES IMPRODUTIVOS DA PJ. Bem sei que será muito grande, por isso, convém começar já

Anónimo disse...

Mas afinal que é isso de MAMÕES? Serão aqueles que levam carro para casa, sem estarem de prevenção (ou de Piquete fingido), com o pretexto que estão sempre disponíveis para virem trabalhar, mas nunca são chamados???? Os que usufruem de benesses que os impedem de entrar em qualquer tipo de ação de luta???? Os que metem ajudas para pagar prevenções mal pagas e as chefias aprovam???? Os que estão dias e dias seguidos de prevenção, muito raramente vêm trabalhar e recebem como se estivessem a fazer Piquetes???? E mais não digo que até me falta o fôlego

Anónimo disse...

Parece que os grandes comentadores gostam pouco de falar dos MAMÕES. Porque será?
Parece que têm mais à vontade (e vontade) de criticar a ASFIC que, bem ou mal, ainda é quem vai fazendo alguma coisa para resolver a situação dos funcionários. Realmente é mais fácil criticar os colegas que dão a cara em ações de luta e que dão o "corpo ao manifesto" por todos, que criticar os que se agarram aos pequenos favores,às benesses e assobiam para o ar para que ninguém perceba que eles existam, para que ninguém se lembre de se interrogar sobre o que fazem no dia-a-dia e no que dão como esforço à casa. Vocês sabem do que estou a falar...
Eu estive na reunião de trabalhadores e na concentração, com muito orgulho, também para mostrar o descontentamento de uma classe, mesmo que saiba que muitos colegas gostavam de lá ter estado, mas têm medo de voltar a andar de transportes e por isso se refugiam atrás de biombos e cortinas. Eu estive lá e vi muita gente, mais que na outra concentração, contrariamente aos que parece que não estiveram lá, mas que falam em fracasso. A esses sempre digo que estejam descansados, continuem assim, porque muitos continuam a lutar por aquilo que hão-de usufruir. Bem hajam colegas que vivem a fugir por entre os pingos da chuva, alguém se molhará por vós.

António Cruz disse...

Temos que continuar a lutar.
Força ASFIC.

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Lisboa, Portugal
Investigador Criminal