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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

As equipas de queijo e fiambre II

Procurador anunciou equipas especializadas para roubo de metais
Publicado ontem


O procurador-geral da República revelou, esta terça-feira, que está ser criada uma "estrutura especializada" para enfrentar o roubo de metais (ouro,cobre) e disse concordar com a constituição de equipas especiais para combater crimes que ultimamente têm causado alarme social.




Pinto Monteiro

Falando aos jornalistas antes do almoço de Natal da Procuradoria-Geral da República, Pinto Monteiro sublinhou ter sido ele "a primeira pessoa a constituir equipas mistas (MP, PJ, PSP, GNR)" para combater fenómenos criminais, lembrando a "quantidade de ataques" e "discordãncias" que suportou como PGR quando defendeu esse modelo de actuação.

Agora, pelos vistos converteram-se às equipas mistas", disse o PGR, observando que "não é possível combater este tipo de crimes sem as equipas mistas", que integram elementos dos diversos órgãos de polícia criminal (OPC) e peritos em áreas específicas, quando a situação exige.

O PGR falava a propósito do anúncio, segunda-feira, pelo ministro da Administração Interna, da criação de mais equipas mistas compostas pelas diversas forças de segurança e pela Polícia Judiciária para combater situações de criminalidade, que nos últimos tempos têm causado "alarme público".

Pinto Monteiro vincou que o MP está "sempre" envolvido na formação dessas equipas mistas e recordou que foi através de uma equipa mista, constituída pelo PGR e formada pela Unidade de Combate ao Crime Violento e pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, que se descobriu o "gang do Multibanco".

"Já tenho equipas mistas feitas há muito tempo", salientou o PGR, alertando que o tipo de reunião realizada segunda-feira no MAI já se fizeram três "exactamente iguais" no seu gabinete, uma no ano passado e outra há dois anos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma vez, a tutela do MJ subalternizada à do MAI.
Tendo em linha de conta o número de efetivos da PSP, GNR e PJ, deverá presumir-se que o OPC competente para investigar os crimes em causa, estará em minoria.
Quem vai fazer o quê, e muito principalmente quem irá chefiar estas equipas?
Irão os Inspectores da PJ subalternizar-se à PSP ou GNR? Provavelmente irão ser criados modelos de expediente com o cabeçalho "DCIAP ou DIAP - Equipa Especial do Crime de Roubo do Vil Metal"!

É pena o Sr. PGR não se ter lembrado de referir a equipa especial que criou para investigar a "criminalidade na noite do Porto" - DCIAP, PJ (Lx) e PSP (Porto).
De quanto aquela equipa custou ao erário público, se forem considerados os subsídios de 25% sobre o vencimento para cada elemento, as despesas de deslocação e ajudas de custo, só porque o pessoal do Porto, sejam polícias ou magistrados, eram incompetentes ou não eram de confiança.
E já agora, podia ter falado do seu triste desfecho. Do resultado das investigações que fizeram sem a ajuda dos incompetentes e respectivas condenações.
Tudo isto para dizer - o seu a seu dono.

O Tripeiro

Anónimo disse...

Não é uma questão de efectivos é uma questão de trabalho.

Nós na PJ temos que trabalhar mais e deixar de fazer turismo. Vejam as viagens feitas pelos Coordenadores nos últimos três meses.
Dezenas em prol da investigação nenhuma...

O Turista

Anónimo disse...

O tempo é bom conselheiro, e por incrível que pareça, não vejo mal no combate á criminalidade, na criação de equipas mistas, uma vez que em prol da causa pública as mesmas deveriam ser instantâneas. Ora temos exemplos como aquando da captura do POLACO, que foi possível com a colaboração desinteressada de um agente da PSP do Porto.
A INVESTIGAÇÂO CRIMINAL, teria muito a ganhar se deitasse fora o Elitismo exarcervado, exercendo a profissão de Polícia em detrimento da propalada exigência da etiqueta de doutor. Aí conseguindo ser mais humildes poderiam trocar informação de proximidade que contribuíria para o êxito da INVESTIGAÇÂO.
Não seria sequer necessário o Procurador Geral da República organizar equipas mistas, que como já foi dito, mais parecem sandes mistas, com produto contrafeito, pois a maioria das investigações efectuadas por essas sandes mistas deram quase nada.

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Lisboa, Portugal
Investigador Criminal