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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Mais do mesmo: protagonismo


Fraude no SNS “é de enorme dimensão”, admite ministra da Justiça

Investigações recentes da Judiciária permitiram identificar fraudes num valor estimado em 25 milhões de euros.
Nos últimos anos foram detidas mais de 30 pessoas por fraudes ligadas à saúde FOTO: FERNANDO VELUDO/NFACTOS
A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, admitiu nesta terça-feira que “é de enorme dimensão” a fraude ao Serviço Nacional de Saúde. Em causa estão, sobretudo, as prescrições médicas fraudulentas e as burlas praticadas nas farmácias.
Há um ano que a Polícia Judiciária concentra esforços no combate a este tipo de crimes, com a ajuda do Ministério da Saúde. Os casos comunicados neste período de tempo às autoridades pela tutela da Saúde envolvem fraudes num valor estimado em 25 milhões de euros. Segundo um balanço apresentado nesta terça-feira, entre médicos, farmacêuticos e outros profissionais ligados à saúde foram constituídos 252 arguidos e detidas 34 pessoas nas várias investigações desencadeadas pela Judiciária. Condenações em tribunal, Paula Teixeira da Cruz garante que também já as há, embora não tenha especificado quantas nem em que casos.
“A fraude é praticada em todo o país e envolve grupos organizados. Alguma desta criminalidade é altamente sofisticada”, descreveu. Depois das operações policiais terem tido lugar, as autoridades registaram uma “substancial redução de prescrição por parte de alguns médicos e de vendas nalgumas farmácias, bem como ao nível da despesa do Serviço Nacional de Saúde”.
Apenas em três das operações – baptizadas Remédio Santo IRemédio Santo II e Receitas a Soldo – foram detectadas despesas ilícitas superiores a 6,6 milhões de euros. Em causa estava, nos dois primeiros casos, a emissão de receituário falso através do recurso indevido ao nome de alguns utentes do Serviço Nacional de Saúde. Depois de comparticipados, os medicamentos eram reintroduzidos no mercado português ou enviados para mercados europeus ou africanos.
A ministra da Justiça contabilizou ainda em cinco milhões de euros o valor das fraudes sob investigação na Segurança Social, envolvendo reformas, abonos e subsídios.

7 comentários:

Investigador criminal disse...

Comentário do 2público2 ;Os crentes só se lembram de Santa Bárbara quando troveja. A ministra da Justiça só descobriu agora a Polícia Judiciária , quando o Estado está sem recursos, depois de ter sido cúmplice no esbulho de centenas de euros aos seus investigadores e de continuar acomodada com o facto de não serem desbloqueadas as carreiras, os concursos e o preenchimento dos quadros da PJ, actualmente com cerca de 50 por cento de vagas. Também a não perturba que os investigadores persigam criminosos em carros velhos e de baixa cilindrada.

Investigador criminal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Investigador criminal disse...

De facto foi triste ver o Sr. Diretor Nacional a elencar ad nauseum detenções, buscas e constituições de Arguidos sem ter uma única palavra para elogiar o trabalho dos homens e mulheres de cuja dedicação, esforço e disponibilidade depende o sucesso das investigações. E sobre as condições (ou ausência de condições) nem uma palavra.Assim não vamos lá

Anónimo disse...

Alguém falou em desbloqueamento de CONCURSOS?
“(…) que se aguardam a todo o momento.”

Site do parlamento:
http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c3246795a5868774d546f334e7a67774c325276593342734c584a6c635639775a584a5953556b76634849784d444d314c586870615330794c5745756347526d&fich=pr1035-xii-2-a.pdf&Inline=true

Ficam várias questões a pairar:
Qual o conteúdo do parecer da DGAEP?
De quem será a gaveta onde está o parecer da DGAEP à espera de despacho?
E aguarda-se durante quanto tempo mais?????
Alguém sabe tais respostas?

Anónimo disse...

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3147445

ainda há quem mexa. na pj é que nada!

Anónimo disse...

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3147445

Anónimo disse...

O desbloqueamento dos concursos pendentes só não foram ainda desbloqueados por falta de vontade política, o que não se entende é que diariamente são publicadas no DR nomeações de concursos posteriores aos da PJ. O que nos questionamos é o porquê de tanta cautela na PJ?
Os candidatos devem recorrer as instituições legais disponiveis para reverter a situação.

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