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terça-feira, 21 de julho de 2009

Era delito de opinião , não era?


Director da PJ quer saber quem ataca a GNR e a PSP
Almoço tenso no Ministério da Administração Internajuntou todas as chefias das polícias e dois ministros.
O director da Polícia Judiciária, Almeida Rodrigues, vai abrir um inquérito interno para determinar quem são os autores de um documento tornado público e que ataca directamente a PSP e a GNR, soube o JN.
E a decisão foi ontem tornada pública pelo próprio Almeida Rodrigues, durante um almoço que ontem decorreu no Ministério da Administração Interna e que juntou o titular da pasta, Rui Pereira, o ministro da Justiça, Alberto Costa, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, o director nacional da PSP e o segundo-comandante da GNR, além do próprio director da PJ.
O almoço, que é de rotina, e que decorre todas as segundas-feiras juntando as chefias das polícias, o secretário-geral e os dois ministros, tem como objectivo a avaliação do trabalho conjunto e da criminalidade. Desta vez, no entanto, o almoço de trabalho foi vivido sob ambiente de tensão, a que nem os ministros da Justiça e da Administração Interna conseguiram escapar.
É que ainda na sexta-feira, um artigo de opinião assinado por "assessores de investigação criminal da PJ", acusava a PSP e a GNR de intrometerem nas áreas de competência da Judiciária e de apostarem mais no protagonismo do que na prevenção do crime.
O director da PJ de Lisboa, José Brás, e o responsável pelo Departamento de Aveiro, Teófilo Santiago, ficaram desde logo associados ao documento. Durante o fim-de-semana, as chefias da PSP e da GNR não esconderam o mal-estar provocado pelo documento, enquanto os sindicatos da PSP e da GNR pediam a cabeça dos dois assessores.
Almeida Rodrigues, que estava de férias, foi apanhado desprevenido e foi confrontado com o documento por responsáveis da PSP e da GNR. Também responsáveis governamentais terão contactado com o director da PJ a pedir explicações.
Almeida Rodrigues terá falado com os seus dois subordinados, mas estes terão recusado a autoria do documento. O próprio secretário-geral, Mário Mendes, chegou a vir a público para tentar serenar os ânimos.
Ontem de manhã, o director da PJ continuou em diligências, mas perante a impossibilidade de saber quem eram os autores do documento, acabou por decidir abrir um inquérito interno para tirar conclusões.
Ao almoço, comunicou a decisão aos colegas da PSP e da GNR, assim como aos dois ministros e ao secretário-geral, mas agora os responsáveis estão à espera que haja resultados.

1 comentário:

ze disse...

Mas eles não assinaram o documento....será que foi com tinta invisivel?
Já ninguém assume nada..assim vão as Chefias deste País.

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Lisboa, Portugal
Investigador Criminal