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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Adesão à Greve

A adesão à greve ao trabalho extraordinário que ontem se iniciou na Polícia Judiciária (PJ) teve uma adesão estimada em quase 100 por cento. Os investigadores criminais pararam de trabalhar em todas as secções de todos os departamentos e directorias do país, acedendo assim ao pedido da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), que convocou a paralisação por tempo indeterminado.

A greve foi decretada depois de terem fracassado as diligências para que o Ministério da Justiça pagasse condignamente o trabalho extraordinário (entre as 17h30 e as 9h) e depois de vários juízes já se terem pronunciado a favor das pretensões da ASFIC.

O principal reflexo da paralisação será sentido, dizem os investigadores, nos inquéritos relativos à criminalidade grave e violenta. Ontem já foi cancelada uma operação que estava planeada pela Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo.

Comentando ontem a greve da PJ, no Instituto Politécnico de Bragança, o procurador-geral distrital do Porto, Alberto Pinto Nogueira, disse acreditar que a mesma vai acabar por provocar constrangimentos em algumas investigações. J.B.A.

3 comentários:

Anónimo disse...

De facto, quem entende que a greve às horas ditas de extraordinárias vai prejudicar o funcionamento da PJ e o normal desenvolvimento da investigação criminal, ou anda a dormir no trabalho, o que é grave, ou anda muito distrido com a defesa de interesses pessoais, em vez de se preocupar em servir o Estado, o que não é menos grave.
QUESTÃO: Antes da Greve, quantos investigadores faziam horas extraordinárias na PJ ? RESPOSTA: Apenas cerca de 1%. Leu bem, apenas 1%. São aqueles que trabalham por carolice. Portanto, uma greve às horas extra na PJ é algo não tem qualquer reflexo quer no funcionamento da Justiça, quer no funcionamento do crime, apenas terá no funcionamento da PJ, que, por sua vez, já funciona tão mal que ....

Investigador criminal disse...

Caro anónimo
está enganado 0% faziam horas extraordinárias, porque desde 1990 que não são pagas.
Dou-lhe razão que apenas 10/15% do efectivo realiza trabalho suplementar e também concordo que a PJ não funciona bem, mas certamente não se deve aos funcionários.

Anónimo disse...

Exactamente porque nem todos os inspectores, na execução do seu trabalho, têm necessidade de trabalhar fora de horas de forma mais regular, é que o justo seja pagar a quem trabalha e não qualquer subsidio.
Caro anónimo não percebi o teu post mas deve algo de rancoroso ou de gozo

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