Obras de construção da nova sede da PJ vão começar ainda este mês
por PAULA CARMO
A construção das futuras instalações da Polícia Judiciária (PJ) começa a ganhar forma já a partir do final deste mês, apurou o DN junto de várias fontes. Algumas demolições e a limpeza de terrenos serão as primeiras acções visíveis para o início das obras.
O projecto está classificado de confidencial por questões de segurança de Estado, razão pela qual o concurso de concepção e construção foi realizado por ajuste directo com convite restrito a cinco empresas credenciadas com grau confidencial junto do Gabinete Nacional de Segurança. O DN tentou saber se todo este processo já tinha sido visado pelo Tribunal de Contas. Esta sexta-feira, fonte do Ministério da Justiça assegurou a esse propósito que "todas as disposições legais com vista à construção do edifício-sede da Polícia Judiciária estão a ser cumpridas".
A empreitada prevê, entre outras novidades da actual sede na Rua Gomes Freire (Lisboa), a construção de um heliporto e de uma sala de reuniões operacionais. Esta sala, também designada de "sala de situação", tal como o DN noticiou em primeira mão em Março de 2010, poder-se-á transformar num bunker em caso de ataques terroristas ou de outras de manifesto alto risco. A futura sede substituirá o actual edifício na Rua Gomes Freire, inaugurado em Setembro de 1958 e construído com mão-de-obra prisional. A preservação da memória histórica da PJ fica em destaque nesta zona central de Lisboa, uma vez que anos antes chegou a equacionar-se construir este complexo fora da capital.
De acordo com o projecto conhecido, as novas instalações irão proporcionar a concentração de todas as especializações da PJ num só bairro, possível após a remodelação de uma área de 19 metros quadrados, a ampliação de uma zona de três mil metros quadrados e, ainda, a construção de 80 mil metros quadrados. Será remodelada a actual sede nacional da PJ, passando todo o complexo a integrar o terreno da antiga Escola de Medicina Veterinária. Uma das vantagens mais aguardadas, segundo fonte ligada ao processo, será a reorganização interna dos serviços, graças à concentração no mesmo local de todas as áreas de especialização (até agora espalhados pela cidade de Lisboa).
O grande desafio será o apetrechamento da parte tecnológica, designadamente uma carreira de tiro subterrânea e um remodelado Laboratório de Polícia Científica (LPC). É, aliás, o LPC que mais sentirá a diferença, pois terá uma área cinco vezes superior à actual. O laboratório, que passará a funcionar num módulo autónomo, será até dotado de sistema próprio para tratamento de efluentes. Com o aumento da área para o LPC, os seus peritos poderão, entre outros, fazer inspecção e recolha de vestígios a veículos rodoviários de grande dimensão. De acordo com o projecto já conhecido, no recinto da futura sede o heliporto permitirá a aterragem de helicópteros pesados. Outra novidade são os apartamentos para a protecção de testemunhas. O investimento total rondará os 91 milhões de euros, mais IVA.
Debate de temas sobre a Policia Judiciária, investigação criminal, prática judiciária e temas de direito. Se quiser enviar artigos: invescriminal@gmail.com
domingo, 9 de janeiro de 2011
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4 comentários:
Gosto dos apartamentos para proteger as testemunhas... deviam entregar a decoração dos mesmos à mesma senhora que decorou o hall de entrada da DLVT e o Piquete...
Será que já chegou a hora de falar em TEMPEST?
TEMPEST??
Segue link:
http://en.wikipedia.org/wiki/TEMPEST
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