E agora? O que fazer com esta (semi)greve?

Realizadas as Assembleias Regionais, os Associados votaram favoravelmente à manutenção de greve, sendo que a votação foi dividida, chegando a suspensão a ganhar na zona de Lisboa/Setúbal e Ilhas, certamente uma questão que poderá levar a ilações diversas.
A divisão foi óbvia entre aqueles que - por motivos diversos - pretendiam suspender a greve e aqueloutros - certamente por razões diferenciadas - julgaram sem melhor manter.
A Direcção da ASFIC - certamente também dividida- entendeu por bem não manifestar a sua opinião, quer a favor da manutenção ou suspensão ou agravamento de medidas ( que neste momento não faria qualquer sentido). Julgo que, não obstante a necessária auscultação dos Associados, a ASFIC tendo um melhor posição de "observação" e mais informação, deveria ter manifestado o seu "sentir", assumindo uma posição. Eu, em parte compreendo porque razão não o fez: "o efeito Carlos Anjos" ou seja, a ASFIC nunca poderia propor a suspensão de um greve após um ex-presidente da ASFIC, numa atitude lamentável, ter aceite um cargo de nomeação Politica.
O grande problema, de agora para a frente, e uma vez que muitos, não cumprindo o desígnio democrático, e certamente pelas suas razões cuja critica não cabe aqui, já " desmobilizaram" da greve e tal poderá criar indesejáveis fracções nos Associados da ASFIC, será manter o desígnio da "luta" que presidiu à greve e tentar - da melhor forma possível - capitalizar algo com a vitória ( uma grande vitória diga-se de passagem, pois reunir o consenso de 90% dos Associados é obra) obtida com a mesma.
Dito isto, importa referir que caso a "brecha" na parede da greve seja muito grande, talvez seja preferível deitar a parede a baixo e reerguer outra quando melhores tempos se aproximarem, a grande questão que se coloca é se haverá "material" humano para reerguer tal parede se for a ASFIC a realizar a sua demolição- é claro que dizer isto é fácil, como a critica do espectador ao jogador que marcou o penalti para o lado " errado", mas os grandes jogadores têm o "feeling" que os separa dos medianos.