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sábado, 7 de janeiro de 2012

O APELO

Mensagem recebida via mail:

Caro "blogger" obrigado por este espaço de livre expressão que a Policia Judiciária tanto precisava e vai servindo,embora muito lentamente, para destapar o véu da nossa instituição e desmascarar alguns "mitos urbanos" na (vã) tentativa de melhorar a nossa Judite. Peço desculpa ainda por alguns comentários mais duros que vou enviando e que o blogger tem a "maçada" de filtrar.

Nunca tinha escrito para este Blog -que sigo há algum tempo -e hoje decidi escrever para apelar à Ministra da Justiça que rapidamente nomeie uma nova direcção para a PJ porque a Policia precisa de uma direcção,o que não tem desde que Almeida Rodrigues tomou posse. Mas não pode ser uma direcção qualquer, tem de ser alguém que conheça a "casa", que tenha vontade de mudar o "status" e alterar o funcionamento da "casa" e acima de tudo que tenha como objectivo não a promoção pessoal,mas, numa lógica de serviço público, melhorar a Policia para melhor servir a sociedade.
Esta mudança já devia ter ocorrido, pois a Policia definha a cada dia que nada se faz e aguardar até à conclusão de umas obras - ou seja 3 anos - não é solução.Daí o apelo que faço à Ministra da Justiça para ainda este mês nomear uma direcção para a Policia, sob pena de daqui a uns meses ser tarde demais.....

15 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com a opinião expressa, Almeida Rodrigues sendo um Policia (rodeado de magistrados, o que é estranho...) não conseguiu -ou não quis - fazer as alterações que a PJ precisava para melhor servir a sociedade,aos invés optou pela inércia à espera que ninguém desse por ele e que -com uns números em que ninguém acredita e umas conferências de imprensa inenarráveis -lhe renovassem a comissão até à reforma.
E se a PJ precisa de uma direcção........

Açor disse...

Mandaram-me um link de um outro blog. Muito embora tenha a ver com uma outra instituição (Força Aérea), revejo ali atropelos e posturas que existem na nossa casa.
Parece-me que isto é uma situação transversal a todas as instituições do estado. Na verdade vem-me à memória a velha pergunta "Porque é que os portugueses lá fora são produtivos e aqui não?". Faltam-nos lideres abnegados!!!

http://novoadamastor.blogspot.com/2012/01/chefias-militares-e-o-que-se-passa-por.html

Grande abraço.
Açor

Anónimo disse...

Também eu é a primeira vez que faço um comentário neste excelente espaço de debate democrático de assuntos que preocupam quem gosta da nossa PJ. Eu também acho que a Sra. Ministra da Justiça deve nomear rapidamente um novo DN que deve ser um desembargador como a ASFIC tem defendido desde á um ano. Era bom que a Sra. Ministra desse finalmente ouvidos a este pedido que tem sido feito com tanta insistência pela direção da ASFIC. Sou também dos que acredita que a carreira de investigador criminal devia ter apenas a categoria de inspetor e que todos os outros lugares da hierarquia deviam ser ocupados por magistrados, mas compreendo que não se consiga tudo de uma vez. Para já teremos de nos contentar com um DN desembargador e para isso existem vários desembargadores que podiam ocupar o lugar e alguns deles até já passaram por lugares de direção na policia, mas eu acho que o melhor seria o superjuiz Carlos Alexandre. Não tem medo de ninguém e tem a vantagem de ser primo de um dos melhores dirigentes da PJ, o CSIC Vitor Alexandre, que tem feito uma equipa imabativel em Lisboa com o CSIC Paulo Rebelo. Os resultados da DLVT falam sózinhos Não conheço pessoalmente o juiz Carlos Alexandre mas se for como o primo é das pessoas que melhor domina o mundo da justiça e das informações em Portugal e por isso daria um excelente DN.

Anónimo disse...

Bem, o próprio Carlos Alexandre já disse publicamente numa entrevista ao "i" que adoraria ser DN da PJ.

Lobo Mau disse...

Caro colega, não tirando o merito do Sr. Juiz Carlos Alexandre pelo excelente trabalho que tem vindo a desenvolver, mas ao que sei ele não é Desembargador (acho que recusou a promoção/progressão para não ter que ir para a Relação). Quanto ao CSIC Rebelo é pena que muitos como ele estejam de partida, pois muita falta fazem a esta quase extinta casa.
Lobo Mau

Anónimo disse...

Carissimos colegas. Os comentários do Lobo Mau e dos dois anónimos que lhe antecedem só pdem ser Humor Negro ou Brincadeiras para nos por todos a rir, por isso, nem vou perder mais tempo a comentá-los. Vê-se bem que não conhecem verdadeiramente nenhum dos que nomeiam. Por outro lado, não sabia que "muitos" CSIC estejam de saida. Já agora, em que livro de banda desenhada leram isso? Seria bom demais para ser verdade, quer para a PJ quer para os cofres do Estado. Quanto ao apelo, apenas tenho a dizer que continuo a não compreender o que é que a nomeação de um Director Nacional altera o funcionamento da PJ. O êxito desta está no trabalho desenvolvido pelos seus funcionários, o que cada vez é mais escasso, pois de uma imensidão de categorias que existem, só muito poucos duma, a dos inspectores, é que continuam a concentrar-se naquilo para que são pagos e a não dar importância às ASFICs, às mudanças de Direcções, aos boatos das saidas dos pseudo históricos, etc., etc. Não é preciso um Director Nacional especial para se trabalhar bem na PJ. Este é tal e qual os outros que o antecederam, nem mais, nem menos, por isso, sinceramente, não compreendo porque é tão criticado. Qualquer Director, seja ele quem for, é sempre uma desculpa para muitos se dizerem desmotivados e assim tentarem justificar a sua inércia, a qual resulta da sua inaptidão para o trabalho e não da mais ou menos valia dum DN. Sejam honestos. Leiam os processos, apliquem-se e resolvam as investigações que têm em mãos. Pelo menos tentem. É que caso não saibam, depois deste DN virá outro e o folhetim será o mesmo. O mal não está neles, mas nos que neles se escudam e encontram as justificações para não trabalhar.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 00H35

Concordo consigo. A PJ já sobreviveu a muitos diretores e há-de sobreviver a muitos mais. Não é aí que reside o problema.

Anónimo disse...

Caro anonimo das 00:35,

Bem haja pelas palavras sábias, assim já não me tenho que me alongar...
Apenas quem esteja à procura de tacho poderá dizer tais alarvidades sobre os referidos, nomeadamente sobre as capacidade de direcção do Sr. Subdirector, ou isso, ou a profunda ignorância dos factos, o que em amba as situações não é nada meritório...

No tocante ao novo Director Nacional, não se preocupem que será um que seja capaz de preparar a unificação...

A ver vamos

Anónimo disse...

Bem, realmente um General com coxos não faz um exército, mas com homens normais.....
Dito isto dizer que seum DN não "põe a casa a mexer" se mostrar vontade, determinação e uma estratégia, as coisas mudam, porque (ainda??) há na PJ quem goste se ser Policia e não apenas adminstrativo.....a questão é: até quando? e daí a pertinência deste artigo, e deste APELO.
Bem haja o blogger.
Aventaleiro

Anónimo disse...

Após a prestação na tv do ex-agente Moita em que referiu ser maçon há mais de 30 anos, seria de perguntar aqui se o nosso ex-sindical Anjos também o é e há quanto tempo. Seria interessante aprofundar determinados percursos para vermos bem quem nos rodeia...

Lobo Mau disse...

Carissimo anónimo do dia 10 de Janeiro de 2012 pelas 00:35, por alguma razão me esqueci de referir um dos CSIC, é que dele nada sei, muito menos do seu "excelente" trabalho. Quanto à questão do DN, é de facto preciso um ou uma com eles no sitio, não sei em que area bule, mas na minha, os atropelos de outros OPC's às investigações de competência reservada são tantas que já se dão ao luxo de pedirem ao MP inqueritos de roubo com armas de fogo para serem incorporados nos deles que são de meros roubos com coação. Não fosse o brio e profissionalismo dos Inspectores e de quem neles manda, andavamos uma vez mais a investigar furtos de galinhas. Este simples exemplo que referi, não se resolve sem que haja uma estratégia NACIONAL, que o nosso DN não tem, nem julgo que alguma vez tenha tido.

Anónimo disse...

Caro Lobo Mau.
Em primeiro lugar, respeitando a vontade do blogger, afirmo que não faço este comentário para fomentar qualquer querela pessoal, mas apenas para esclarecer aquilo q não terá entendido do meu anterior comentário. Eu bulo, para usar a sua expressão, precisamente na área em que dá a entender que bule. Por isso, digo, com propriedade, que não concordo nada consigo. Atropelos de competências não há. Se é o M.P. que pede os processos de roubo com arma de fogo e os apensa em processos doutros OPC de roubos sem arma de fogo, qualquer razão vê nisso. O argumento da LOIC já está gasto e esta tem de ser conjugada com a restante legislação nacional, incluindo a CRP, que refere que quem é o titular da acção penal é o MP. E talvez o faça pq quando ocorre o contrário, o pessoal da área, como deve saber, fica furioso por terem de passar a trabalhar um processo que foi apenso a um seu e que inicialmente esteve a ser investigado por outro OPC. É ou não é verdade? Consideramo-nos sempre os melhores e que o q vem feito dos outros tá sempre tudo mal. Portanto, não sei pq é que os CSIC, CIC, IC e alguns Inspectores insistem em falar de atropelos. Se contribuissem mais para o desenvolvimento do trabalho, talvez o comportamento do M.P. fosse outro. Se o colega bule mesmo na área deve entender o que estou a dizer e porque é que o M.P. o faz. Ou ainda está convencido que a nossa área bule bem? Não interessa aquele um ou outro caso que corre bem, interessa é o conjunto. Deixe-me que lhe diga, brio profissional dos inspectores, relativamente a alguns ainda posso concordar consigo, agora brio profissional de quem neles manda? Se tiver à espera disso, posso-lhe garantir, mais depressa nos verei mesmo a investigar furtos de galinhas. O corporativismo excessivo impede-nos muitas vezes de ver o que está mesmo à nossa frente. Esteja mais atento à realidade da área e compreenderá melhor o que digo tanto neste, como no comentário anterior que decidiu contra-argumentar. Bem Haja.

Lobo mau disse...

Caro colega, pelos vistos bulimos no mesmo. Não há dúvidas que o titular da ação penal é ao MP. espero que não haja dúvidas também que terá de ser o primeiro a cumprir a lei e a LOIC existe para ser cumprida e tanto quanto sei, o art.º 8 só em alguns casos é que pode ser aplicado, bem sei, que existe uma P. República que faz tabúa rasa da lei, no entato, quando o MP não "cumpre a lei", alguem tem de os chamar à razão. Quanto à questão que levanta de que há uma razão para o MP apensar um roubo com arma de fogo a um outro qualquer sem arma de fogo, neste caso concreto, não houve razão nenhuma, só uma má leitura, leia-se conversa mais "amiga" com os elementos do outro OPC, que amaciaram o MP. É certo que que na minha area de intervenção não se trabalha bem, e não é só pelo facto de as prevenções serem feitas com um elemento, existem outras razões externas que deveriam ser resolvidas por quem tem de o fazer, o DN. Posso dizer que nestes últimos três anos, a "minha" brigada já perdeu a conta às IS a solicitar mais um elemento para a Prevenção, mas sabe como é, o dinheiro não chega para tudo. Caro colega do gardanho (penso que o pessoal da nossa area se pode tratar assim), nunca me fez especie trabalhar num processo de outro OPC que seja incorporado/apensado num dos meus desde que esteja bem instruído. Mas como sabe certamente, a grande maioria não tem ponta por onde se pegue. Felizmente, existem alguns bons profissionais nos NIC, BIC, BPC e outras quantas denominações e que não deixam o credito em mãos alheias.

Anónimo disse...

Caro Lobo Mau
Não insista no erro, não continue a dar cobertura às razões invocadas pelos IC, CSIC e SUB da área para justificarem a sua falta de aptidão para pôr uma área como a nossa a funcionar. Não é preciso dinheiro nenhum. Não se limite a analisar os arts. 7º e 8º da LOIC, conjugue com a restante legislação que tem de ser aplicada ao sector. Acha crivel que o M.P. não cumpra a Lei? Procure bem, e sei que vai conseguir por si, escusa de perguntar aos IC pq não sabem, nem aos superiores deles pq fingem não saber, pois, no que toca a estes, incluindo Directores, sei que vários(as) Procuradores(as) já os chamaram à razão e lhes demonstraram bem o que eles, por formação profissional, tinham obrigação também de saber. Por isso, não insista no erro do incumprimento da LOIC e na ideia de que o M.P. não cumpre a Lei. Veja antes assim, os superiores são gajos porreiros, e como gajos porreiros que são aproveitam o facto dos Inspectores do gardanço estarem cheios de trabalho e de não terem tempo quase para mais nada, para continuarem a fomentar essa ideia de que a inércia deles se deve a causas externas e a falta de dinheiro e não às suas faltas de capacidade para mudar o rumo das coisas. É a velha táctica, que o colega, como trabalhador do gardanço, também saberá - Enquanto pudermos convencer alguém a olhar para o umbigo dos outros, conseguimos que ninguém olhe para o nosso. O colega continua convencido de que o facto de ir só um Inspector de Prevenção a um serviço de ROUBO com ARMA DE FOGO, em que há vitimas ainda em choque com a experiência que viveram, as maiúsculas são propositadas, se deve a falta de dinheiro? Acha que a atitude do seu IC se deve resumir apenas a fazer IS sucessivas para ter mais pessoal e encolher os ombros com a falta de reposta às mesmas? O colega aceita que ele se limite a fazer isso e fique resignado? Acha que uma área como a do gardanço, que sem dúvidas é das mais importantes da investigação, até pelo alarme social e de falta de segurança que provoca, não funciona por causas externas? Que, além do trabalho dos Inspectores, ninguém esteja vocacionado para fazer mais nada e tenha a capacidade profissional de realçar a importância da área? De definir estratégias e opções tácticas? Desengane-se colega. De gajos porreiros está o Mundo cheio. Aliás, o último comentário que o colega fez realça bem as fragilidades da área, pense é melhor nas causas que estão verdadeiramente por trás delas. Porque é que existem áreas no mesmo Departamento e outras noutros Departamentos localizados na mesma zona geográfica claramente com menos importância e muito menos trabalho, mas com mais meios humanos e materiais? Ah!, pois, já me esquecia, são as causas externas e o incumprimento legal do M.P.
O Atento do Gardanço

Anónimo disse...

Atendo Gardanço tem toda a razão, o problema da PJ é não ser o Grupo de Escoteiros 69 da Freguesia das Mercês, porque com tanta gente porreira, que grande grupo de escutas dava.......
Quanto á questão que fala de em situações que refere em casos de roubo ir só um Inspector ao local do crime algumas vezes acompanhado por um Espcialista do LPC realmente isso é inadmissível e acontece em toda as àreas com excepção de Lisboa e do POrto- e isto é inadmissível, e daí a PSP e a GNR estarem a "tomar conta das ocorrências", pois se eles conseguem mobilizar dezenas de pessoas para o local.... e quem está mal aqui é a GNR e a PSP? Ou é a PJ que mantêm dois Inspectores sentadinhos no Piquete enquanto a Prevenção comparece sozinha nos locais. Já alguém pessou que o valor que se paga aos 2 Inspectores de Piquete dava para pagar 5 de prevenção? E é preciso ser um génio para isso?
O problema da PJ é a inércia que tomou conta da Direcção de todas a hierarquia, e alguns Inspectores qual D. Quixotes vão lutando contra moinhos..... Enquanto não mudar esta inércia - que apenas se muda quando forem assacadas responsabilidades à hierarquia e daí resultarem consequências sem isso.....
Investigador Atento

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