Há 29 inspectores da PJ em casa e a receber, à espera de colocação
Publicado em 06 de Abril de 2011
O Estado já gastou, pelo menos, 25 mil euros em remunerações de 29 agentes sem colocação. E a situação pode-se arrastar.
O Estado não satisfez as propostas da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) relativamente a pagamentos, como sejam as horas extraordinárias, pagas a 2,40 euros por hora. Mas, por outro lado, o governo não deu posse a 29 novos inspectores-chefes da Polícia Judiciária (PJ) que terminaram o curso há 15 dias. O que significa que os inspectores, ainda continuam adstritos ao Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais, sem colocação.
Se, cada um dos agentes ganhar 1600 euros - valor que estará aquém dos vencimentos uma vez que, pelo menos terão que ter sete anos de casa - são quase 50 mil euros por mês que o Estado está a pagar a profissionais altamente especializados da PJ, que são obrigados a ficar em casa, uma vez que ainda não têm novas funções.
Em situações anteriores, depois das promoções, os agentes eram distribuídos por diferentes serviços e variadas localizações, mas os ministérios da Justiça e das Finanças, a quem cabe despachar as colocações, ainda não o fez. O i tentou obter uma explicação dos dois ministérios em causa, mas não houve qualquer resposta.
Desta vez, a direcção da PJ também não quis comentar o assunto. Até porque, tudo indica, que a responsabilidade cabe aos titulares dos ministérios. Poderiam, de alguma forma, pressionar a tutela e, segundo informações recolhidas pelo i, tê-lo-ão feito no sentuido de se encontrar uma solução.
São, conforme o i apurou, 29 dos 30 recém nomeados inspectores-chefes, uma vez que um deles, o antigo presidente da ASFIC, Carlos Anjos, tomou posse como presidente da Comissão de Protecção às Vítimas de Crimes.
No final do ano, altura em que foi aprovado o Orçamento de Estado, as promoções que implicassem subida de ordenados foram congeladas. Razão pela qual os cursos de inspectores coordenadores ficaram na gaveta.
Todavia, este curso de inspectores-chefes já estava em fase adiantada. O Ministério da Justiça deveria accionar um procedimento de excepção, com a chancela do Ministério das Finanças.
Na Carreira de Investigação Criminal, o inspector pode evoluir, através de concurso, para outras categorias de maior responsabilidade: inspector-chefe, coordenador de investigação criminal e coordenador superior de investigação.
Se, cada um dos agentes ganhar 1600 euros - valor que estará aquém dos vencimentos uma vez que, pelo menos terão que ter sete anos de casa - são quase 50 mil euros por mês que o Estado está a pagar a profissionais altamente especializados da PJ, que são obrigados a ficar em casa, uma vez que ainda não têm novas funções.
Em situações anteriores, depois das promoções, os agentes eram distribuídos por diferentes serviços e variadas localizações, mas os ministérios da Justiça e das Finanças, a quem cabe despachar as colocações, ainda não o fez. O i tentou obter uma explicação dos dois ministérios em causa, mas não houve qualquer resposta.
Desta vez, a direcção da PJ também não quis comentar o assunto. Até porque, tudo indica, que a responsabilidade cabe aos titulares dos ministérios. Poderiam, de alguma forma, pressionar a tutela e, segundo informações recolhidas pelo i, tê-lo-ão feito no sentuido de se encontrar uma solução.
São, conforme o i apurou, 29 dos 30 recém nomeados inspectores-chefes, uma vez que um deles, o antigo presidente da ASFIC, Carlos Anjos, tomou posse como presidente da Comissão de Protecção às Vítimas de Crimes.
No final do ano, altura em que foi aprovado o Orçamento de Estado, as promoções que implicassem subida de ordenados foram congeladas. Razão pela qual os cursos de inspectores coordenadores ficaram na gaveta.
Todavia, este curso de inspectores-chefes já estava em fase adiantada. O Ministério da Justiça deveria accionar um procedimento de excepção, com a chancela do Ministério das Finanças.
Na Carreira de Investigação Criminal, o inspector pode evoluir, através de concurso, para outras categorias de maior responsabilidade: inspector-chefe, coordenador de investigação criminal e coordenador superior de investigação.
3 comentários:
Os nossos colegas que estão nessa situação, são optimos polícia de investigação criminal e com eles a Polícia Judiciária tornar-se-á mais forte, trabalhei directamente com alguns deles nas Burlas e Falsificações, mais:
- Estão nesse grupo colegas que investigaram:
- Vale Azevedo;
- Portucale;
- A boma do avião;
- Homicídio da Get7 - Maria das Dores;
- Caso BPN;
- Caso destes indivíduos que agora foram apanhados em França.
- Abusos Sexuais e outros,
Pois ao Ministro não lhe interessa uma Polícia Judiciária Mais Forte
Obrigado pelo seu comentário.
Como é óbvio há excelentes profissionais no grupo de IC que aguardam tomada de posse. Nunca foi intenção de denegrir a sua valia enquanto profissionais.
O objectivo foi mostrar o ridículo da situação : então o Director Nacional não diz que o Orçamento é óptimo, que está tudo bem? Até quando irão aguardar até à tomada de posse? E a culpa, é da ASFIC?
Pois... também foram enganados. O que será que estão a sentir agora os autores de certas cartas de solidariedade para com o D.N.? Lamento pela maioria, mas não há como ficar surpreendido.
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