Pó debaixo do tapete
Decididamente, os tempos estão difíceis para quem gere, apostando numa gestão de situação, sem alteração de "status", objectivando apenas manter uma imagem.
O orçamento da PJ foi caracterizado como um orçamento sóbrio e honesto e por isso suficiente. Verdade ou será como varrer o pó para debaixo do tapete? Vejamos: sob a explicação de limitações orçamentais, alguns responsáveis discriminam colegas em greve às horas extraordinárias, impedindo-os de realizar diligências que impliquem o pagamento de ajudas de custo, uma vez que as restrições de horário, provocadas pela greve, implicam que em alguns casos teriam de se deslocar no dia anterior à realização da diligência. Significa isto que ou o orçamento não foi elaborado com a tal sobriedade e honestidade, já que contava com o trabalho voluntário e gratuito dos funcionários, ou então trata-se de uma intolerável forma de pressão sobre esses colegas, resultante da sua adesão às formas de luta implementadas pela ASFIC. A PJ vive hoje com os olhos postos no próximo episódio da novela sobre a tomada de posse dos novos Inspectores-chefes. O problema é que, além do prejuízo institucional, tal situação fragiliza a posição de 30 pessoas que pecaram por serem… "crentes". Todos deveríamos saber que a um rei não se pode esconder a nudez!
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