Uma oportunidade perdida (titulo do bloger)
Falar sobre os méritos do A.R. à frente da P.J. parecia tarefa quase impossível: contudo, para alguns pode-se dizer que a nova sede, os concursos e as reduzidas alterações legislativas foram totalmente de sua lavra, e que tal não envolveu nem os ministérios da Justiça nem o das Finanças, sendo evidente que sem o seu beneplácito nada disso teria ocorrido.
Mas, de qualquer forma, parece-me que a investigação não depositou esperanças em A.R. para que construísse instalações ou abrisse concursos. Aliás, se isso tem algum mérito, dele se podem gabar quase todos os anteriores directores, nenhum deles particularmente de boa memória.
Antes se esperava que A.R. reformasse a P.J. nos seus serviços e modos de actuação; e que reconhecesse a existência de problemas (injustiças até!) no regime laboral por forma a tratar-se desse cancro que mina todas as relações de trabalho e a motivação para fazer mais e melhor.
Apesar de ser conhecedor, A.R. nada fez. E se alguém informado e com poder para mudar o rumo das coisas mantém-se distante e estático, é porque é cúmplice silencioso do abuso e da inabilidade, e que apenas ocupa o cargo de director pelo prestígio e pelo poder, afinal, as únicas motivações dos muitos que agora se acotovelam para chegar às cadeiras vazias.
A A.R. poderiam ser erigidas estátuas à frente da nova sede - se tivesse feito o que devia. Perdeu essa oportunidade única. E agora vai-se reformar e cair no esquecimento colectivo, restando-lhe a honra de, ao ser lavrada a história da instituição, serem-lhe dedicadas uma ou duas linhas em jeito de epitáfio, em triste simetria com os seus predecessores.
Debate de temas sobre a Policia Judiciária, investigação criminal, prática judiciária e temas de direito. Se quiser enviar artigos: invescriminal@gmail.com
domingo, 2 de outubro de 2011
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14 comentários:
Concordo inteiramente e penso que devemos olhar para o futuro e para alguém que defenda os nossos interesses e a nossa casa. Concordo com a Asfic e também acho que o futuro Director Nacional deve ser um Desembargador e proponho que neste excelente espaço de opinião se discuta o perfil e as suas qualidades humanas e de liderança. Fala-se, por exemplo, no Agostinho Torres e no Mouraz Lopes e eu proponho que se debatam aqui estes e outros nomes podendo mesmo discutir outros nomes do MP com a categoria mínima de procurador. Será que o J. Palma tem o perfil adequado ou o Pinto Nogueira do Porto?
dCaro anónimo anterior, embora não conheça bem o Agostinho Torres, acho o Mouraz Lopes um excelente nome. Tem experiência de investigação criminal e é um nome muito respeitado dentro e fora da nossa casa. Quanto ao MP, acho que já tivemos dose que chegue com o Alipio. Mas também não entendo porque é que o próximo director não pode ser um dos nossos, e proponho já um nome: Téófilo Santiago, de Aveiro, que já nos mostrou que não tem medo de ninguém.
Sim... sim o tal de Dr Teófilo é que faz falta? Para quê ? Se calhar para vir a Lisboa de trotineta com o coelho e o palhaço ao circo. Como se não bastassem os comentários de auto estima que vamos assistindo pelo amigo Dâmaso do Correio da Manhã que lhe são vezes sem conta dirigidos, com conhecimento de detalhes das investigações, exaltando o perfil do crachá de ouro da PJ ... blabla bla bla bla ! Que outras palavras de mérito vemos escritas aos inspectores e inspectores chefes que a seu cargo detém tais investigações e que devido ao seu empenho e sacrifício conseguem obter tais resultados … não são VIP, por isso não são mencionados! Lembram-se da teoria da quadratura do circulo reapresentada por um anónimo neste espaço, temos aqui mais uma bela aresta dessa nova figura geométrica, composta pelos formandos de Coimbra e seus consortes, e a pergunta que fica para o vencedor é ? Como pode um Assessor de Investigação Criminal estar a dirigir este Departamento da PJ, a Lei Orgânica da PJ como está expressa não parece permitir. Será que alguém já pensou nisto e se questionou? Já neste espaço se falou do actual DNA e das suas ambições enfim … outros já antes o fizeram e vejam onde estão. Mas meus amigos, de maneira alguma ficaríamos melhor servidos com este actual dirigente de Aveiro. Uma das suas melhores referencias é talvez a forma como trata as pessoas que lhe fazem frente, são completamente ignoradas e espezinhadas nos seus direitos, ora aqui está um óptimo colaborador que a ASFIC precisa. Recordam-se da pena disciplinar que lhe foi aplicada, é queiramos uma mácula no seu excelso curriculum, mas quem sabe se fosse indigitado no cargo de DN da PJ, será que ainda iria a tempo de arrepiar pelo sua mão tal medida, a qual, escreve letras que ninguém percebe, mas como é Dr e dirigente, a malta continua a fazer todos os dias um grande esforço de compreensão. Definitivamente este não é o meu candidato.
O anónimo das 08h propõe que se debata o perfil do próximo DN. Concordo.
Vejam bem a proposta de nomes: um sindicalista (fraquito) e um "obscuro" MAGIS do Porto.
A questão que eu coloco é: porque razão não pode ser um elemento da "casa"?
Por ter corrido mal a primeira experiência vamos desistir desde já?
Será que não há ninguém capaz de substituir cabalmente o AR?
Insisto, quero um polícia à frente da PJ.
Os MAGIS são mais honestos?
São mais sabedores?
Demonstram ser menos influenciáveis?
Têm mostrado capacidade de liderança e de gestão?
São "ungidos" de alguma capacidade especial no CEJ para que continuemos a insistir em gentinha como o menino "pedrinho"?
Têm mais amigos com avental e por isso é mais fácil recrutar no seio deles...
Se somos polícias devemos assumir por inteiro a nossa condição e "correr" com todos os magistrados da PJ.
Devemos exigir que os MAGIS procurem ser competentes no exercício dos seus deveres e nos tribunais, seu local de trabalho. Que sejam céleres a resolver os muitos processos que entopem os tribunais. Cada um na sua.
Depois queixam-se que não dos dão o devido valor e que o Poder político vê os polícias com desconfiança.
DEIXEMOS, DE UMA VEZ POR TODAS,OS NOSSOS COMPLEXOS DE INFERIORIDADE.
Para todos aqueles que defendem magistrados deixo apenas alguns, maus, exemplos de personagens que nada acrescentaram à PJ, antes pelo contrário:
Santos Cabral: zero
Adelino Salvado: zero
Alípio Ribeiro: zero/zero
Depois temos asas tais como:
Pedro do Carmo:zero/zero
Mouraz Lopes: zero
Batista Romão: zero
Moreira da Silva: zero/zero
Lá pelo facto de termos um colega AR, polícia, zero, vai daí desata a ASFIC a clamar para que seja substituído por um magistrado.
Considerando as probabilidades vamos ter mais um zero. Bonito serviço.
Ainda gostava que alguém me explicasse porque razão um polícia é pior.
Só tivemos um e acredito que se fosse dada oportunidade a outro da casa, que não fosse um suburbano (saloio), não haveria risco de o mesmo ser outro zero...
Dúvida!
A ASFIC/PJ tem alguma sondagem, aos seus associados, que lhe permita afirmar, categoricamente, que o pessoal da carreira de investigação criminal exige um Juiz Desembargador para ocupar o cargo de Director Nacional da Polícia Judiciária?
A ideia é boa, mas parte de um pressuposto errado, o de que a nossa opinião releva para a decisão!
Ainda a cadeira do AR não arrefeceu e já vejo muitos CSIC e CIC a porem-se em bicos de pés para a ocuparem recorrendo ao insulto gratuito ao TS e ao AR que lhes deve ter dado a mão. Deve ser por isso que a direcção da Asfic, formada por gente honesta e bem informada, defende um desembargador para DN.Mas eu até acho que o João Palma não é nenhum disparate até porque é próximo da Asfic é muito amigo da ministra. Quem melhor do que ele para resolver aquilo que o AR não foi capaz, como o problema das horas extraordinárias? Se calhar vale a pena pensar nisto, penso eu de que...
Caro anónimo das 12:30, pode não concordar com a proposta do Teófilo Santiago para diretor nacional mas não acho bem que se diga assim mal de um dos nossos. Alguma coisa de bom o Teófilo deve ter feito para ter recebido um crachat de ouro. Ou será que já está a querer queimar a concocrrência? É que a história do quadrado e da quadratura do círculo cheira a tática de treinador de futebol falhado. E eu até me estou a lembrar dum que foi mandado pelo Alipinho para Portimão para enterrar o caso maddie, contra o nosso colega Gonçalo Amaral Pois, pois, somos todos pela "nossa" Policia Judiciária mas no fim os tachos são sempre para os mesmos e os inspectores é que se lixam como o mexilhão.
Subscrevo inteiramente o inteligente comentário das 16,17 do dia 4 de Outubro.
Mais do que o tal "suburbano saloio" importa que se dê realce aos "citadinos inteligentes" de que a Casa está recheada.
Já agora, em termos de nomes, será interessante, na sequência do mesmo inteligente comentador estabelecer uma bolsa de cotações dos potenciais directores a nomear.É uma forma interessante de queimar as possibilidades ou de apoucar sob anonimato aqueles de quem não se gosta.
Já agora qual o critério a utilizar em tal operação?
É bom Director quem tem boa pontuação na avaliação do pessoal?
É bom Director quem conhece a Ministra; um Secretário de Estado ou no minimo um chefe de Gabinete?
É bom Director que está ligado ao partido que está no poder?
É bom Director quem tenta satisfazer as reivindicações para evitar problemas?
ou
É bom Director procure preservar a autonomia da P.J e a sua cultura organizacional?
Quem procure evitar o definhamento, a falta de produtividade e o desânimo?
Está bem que o Paulinho das Caldas (não confundir com o do Caldas) fez bem o papel de coveiro do caso Maddie, mas pelo menos deu a cara, ao contrário doutro CSIC que anda por ai muito caladinho a recolher apoios á sucapa para DN e que teve muito mais responsabilidades no que aconteceu. O Alipinho deixou-se levar pelas suas falinhas mansas e mandou-o logo de tgv de Lisboa para o Algarve, convencido que o homem ia resolver o caso. Mas quando a coisa deu para o torto, nem vê-lo. O Guilhermino da Encarnação e o Gonçalo Amaral é que foram os bodes espiatórios. E agora é vê-lo de braço dado com o Chaves, com a ASFIC e até com o AR, que nunca se sabe para que lado é que a coisa cai. Deve pensar que somos todos louros e burros.
Meus amigos e caros colegas.
Sou Inspector, e honro-me em estar na PJ na era de Almeida Rodrigues, melhor, Exmo. Senhor Director Nacional, se não vejamos:
- polícia judiciária vive o maior investimento de sempre em meios;
- tem o melhor rácio de constituição de arguidos, detidos, apreensões de bens, dinheiro e viaturas de gana alta e ainda imóveis;
- temos o respeito de todas as instituições;
- Mais do que nunca temos homens com formação a nível dos advogados e magistrados;
- Mantivemos a nossa independência;
- Somos das melhores polícias de investigação do mundo;
- Só acha que a Polícia Judiciária está mal, quem não conhece as outras instituições e não quer fazer nenhum, nota-se uma maior motivação em todos nós;
- Espero que se Almeida Rodrigues for substituído e vier um desembargador, que a ASFIC não se arrependa, pois a ignorância é atrevidas;
- Só condeno o Almeida Rodrigues, no sementeira de louvores, sem rigor, qualidade e independência. Mas aí não é ele o culpado é o Conselho Superior de Polícia onde tem assento a ASFIC que até dá louvores aos binómios (rir);
O GARCIA que se cuide, pois segundo ouvi dizer não irá a eleições tipo monarquia, apadrinhado pelo João Palma, que quer fazer de nós moços de recados de investigação criminal.
Interessante mesmo seria destapar a identidade de cada um, para que se assumissem frontalmente quanto àquilo que realmente pensam uns dos outros. Uma vez que por aqui já se percebeu passarem alguns dos CSIC, camuflados, era engraçado se lhes caísse a máscara da paz podre com que se abraçam pelos corredores... Entre a fama e a realidade, há pelo menos uma coisa em que a PJ se há-de sempre distinguir: uma das maiores casas de alterne da Europa!
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