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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Nomina Sunt odiosa

Agradado com a quantidade (e qualidade) de alguns dos post sobre o putativo-futuro Director Nacional, não posso deixar de realizar alguns considerandos:
- os nomes são irrelevantes a menos que se encontrasse um " Mourinho " da investigação criminal, o importante é o que DN e a sua equipa pretende fazer da PJ, o projecto para instituição. Já percebemos que o projecto de AR é manter-se como DN.
- a questão de saber se é desembargador, procurador ou Policia poderá não ser irrelevante. A nomeação de um Procurador da República com provas dadas e de currículo superior ao do PGR, e que agregasse MP e PJ, poderia ser uma "bofetada" de luva branca ao actual PGR e levá-lo a apresentar a demissão. Esta solução teria a vantagem de um recolocação estratégica junto da sua matriz umbilical de relação com o MP. Um desembargador poderia não realizar tão bem tal papel. Quantos aos Policias, poucos há com currículo, competência e vontade de ser DN e depois da experiência de AR......
- por último dizer que era bom que a ministra se definisse por continuar assim é definhar com o tempo....

3 comentários:

Anónimo disse...

Quousque tandem abutere Catilina patientia nostra?
É evidente que o importante é a visão estratégica de quem desempenha o cargo e não o seu nome.Isto implica uma noção clara do papel de uma polícia de investigação criminal no século XXI e do modelo de organização criminal.Implica uma noção clara do papel fundamental da P.J. na Segurança Interna;Implica uma estratégia que vise a defesa do espaço, fundamentada na capacidade e eficiência,combatendo a invasão de competências;Implica a vontade de dizer não quando quem está no poder interpela ou pressiona.
Por outro lado podemos colocar a questão de saber o que representa hoje a Policia Judiciária para quem aceitar o cargo.
Para além da conhecida tese Kleenex "Os Directores são para usar e deitar fora" fica-nos a
a interrogação de saber como encarar o desafio proposto por uma Casa em que existem tantas ligações com os poderes fácticos (jornalistas, politicos, maçonaria);em que o sempre presente jogo de sombras chinesas corresponde a uma diferença importante entre a realidade operacional e o virtual que é apresentado nos tribunais, nas estatisticas e na comunicação social; em que a fortaleza perante os fracos corresponde, muitas vezes, á fraqueza perante os fortes, principalmente quando estes detêm o poder.
A quem aceitar, tenha ele o nome que tiver, desejo-lhe sorte que bem precisa.

Anónimo disse...

Espero que a Ministra reconduza o nosso colega, Exmo. Senhor Director Nacional Almeida Rodrigues. Está a ser um excelente director dentro desta conjuntura desfavorável, terá que mudar é alguns Directores de departamentos e acabar com os coordenadores que estão a servir de sub-directores, cargo que a lei orgânica já não contempla.

Obrigado.

Anónimo disse...

Até pode ficar Almeida Rodrigues.
Terá de ser outro Almeida Rodrigues, com um projecto bem definido, com uma estratégia clara para a PJ. Se for o mesmo Almeida Rodrigues, continuamos na mesma. E a mesma está a servir a alguns: aqueles que querem continuar a fazer que fazem,mas a PJ não aguenta esta nostalgia por muito mais tempo.
Se vier a ser o mesmo DN que venha com ideias novas, que forme uma equipa e não sintetese a Direcção Nacional a duas pessoas.
Uma Direcção Nacional deverá ter um Director Financeiro e um Director Operacional, só assim conseguirá implementar as medidas necessárias para colocar a PJ no seu rumo.
A PJ tem de ser pensada para o longo prazo e não ser gerida no dia à dia, à espera que algo aconteça que dê uma noticia, mesmo que essa seja de um serviço normalíssmo. É esta ânsia pela notícia, pelo aparecer, que obriga a uma "gestão" - que nem isso tem existido - ´fraca, que tudo aproveita para publicitar.
Muito sinceramente, algumas notícia publicadas sobre a PJ, só minoraram a sua imagem, por tão fracos serem os serviços.
Mas há outro ponto.
Para esta Direcção Nacional e Conselho Superior de Polícia, 90% dos funcionários de investigação criminal já ultrapassam a fasquia do "MUITO BOM". Com a onde de louvores dos últimos anos, esperava-se mais dos funcionários, ou não?
Será que a excelência está a ser espelhada nas tarefas diárias?
Senhores Conselheiros, pensem bem!!!
Vamos ser exigentes, com este ou com outro DN.

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Lisboa, Portugal
Investigador Criminal