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domingo, 30 de outubro de 2011

A f(r)actura do fim da festa

A factura com os juros da dívida pública vai disparar novamente em 2012 para oito mil milhões de euros. É um crescimento de de 25,6% face a 2011, o ano em que o país já começou a pagar os custos adicionais com o financiamento, apesar da ajuda externa.
O montante previsto para pagar aos credores ultrapassa mesmo a verba consagrada para o pagamento de remunerações no Estado, que é de 6792 milhões de euros, valor que sobe para 7200 milhões de euros, incluindo o pagamento de abonos vários.
Considerando ainda os encargos do Estado com a Segurança Social, a factura total na despesa com pessoal encolhe 16,7%, o que representa uma “economia” de 1700 milhões de euros.
Em 2012, os funcionários do Estado vão receber menos 1300 milhões de euros, soma que ainda não inclui os trabalhadores das empresas públicas e das autarquias.
Estado paga mais em juros do que em salários As contas para 2012 apostam numa redução do défice do Estado de 10 mil milhões para 7557 milhões de euros, o que corresponde a cerca de 4,5% do PIB, isto se a riqueza produzida no próximo ano não cair mais do que as previsões do governo que apontam para uma recessão de 2,8%.
Já a dívida pública, outro factor que o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, qualificou ontem de inegociável com a troika, vai continuar a subir, apesar das receitas das privatizações, atingindo em 2012 os 110% do PIB, incluindo o fundo de recapitalização da banca.
Para conseguir baixar o défice, o Estado quer cobrar 40,7 mil milhões de euros em impostos, o que corresponde a um acréscimo de 4,5% face à cobrança deste ano. O crescimento na receita fiscal vem todo do lado dos impostos indirectos, com destaque para a subida de taxas do IVA para o escalão máximo. Já a receita dos impostos directos recua cerca de 3,5%.

2 comentários:

Anónimo disse...

Quero dar os parabéns á ASFIC pela iniciativa de reduzir as cotas, que parece que vai ser imitada pelo sindicato do Ministério Publico. Se isso já pudesse acontecer no próximo mês era muito bom. Isto serve também para calar aqueles que criticam a influência do João Palma na ASFIC. Como se vê também o Carlos Garcia consegue influenciar o João Palma, o que é muito prestigiante para o nosso sindicato.

Anónimo disse...

Sim sim o João Palma que se deliciava a instruir processos disciplinares contra os policias na IGAI, lembram-se caros colegas?

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Lisboa, Portugal
Investigador Criminal