Chefe das polícias quer apertar regras no ouro
Coordenador de Segurança contra "janela de oportunidade" para criminosos
Publicado às 00.50
CARLOS VARELA
A proliferação descontrolada das casas de compra de ouro está a funcionar como um meio fácil de os grupos criminosos escoarem bens roubados, sendo um incentivo aos crimes. O Gabinete Coordenador de Segurança quer controlar o negócio do ouro usado.
foto THOMAS MEYER/GLOBAL IMAGENS
A opinião do Gabinete, que coordena todas as forças policiais, surgiu na sequência de questões colocadas pelo JN a propósito do surto de crimes envolvendo ouro, designadamente os assaltos por esticão, em residências e a ourivesarias.
De acordo com a estrutura de coordenação policial coordenada por Antero Luís, secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, o surto de roubos associados ao ouro "deve-se, em grande parte, à facilidade que existe actualmente no escoamento deste tipo de bens, com a abertura massiva de lojas de compra de artigos de ouro", estabelecendo uma relação directa entre as duas situações.
Debate de temas sobre a Policia Judiciária, investigação criminal, prática judiciária e temas de direito. Se quiser enviar artigos: invescriminal@gmail.com
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
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6 comentários:
Pois, o problema é que esse " controle" - os transacionados, alguém ouviu falar ? - pertence à PJ que não sabe bem o que fazer com isso.....
Enquanto o programa informático continuar a trabalhar em câmara lenta, permitindo que a informação esteja atrasada mais de um ano, nada se conseguirá.
Será que as brigadas de fiscalização funcionam? No porto, pelo menos, não funcionam.
Não funcionam em lado nenhum, o ouro está sem controle. Não há fiscalização porque as ditas "brigadas" de fiscalização nada fiscalizam e apenas inserem dados no programa
Alguém acredita que o resultado de um assalto a uma ourivesaria seja posto no mercado através de uma loja de compra de ouro...
Nos dias de hoje, muito se fala de lojas e escritórios de compra e venda de artefactos de ouro, que proliferam por todo o lado, mais parecendo cogumelos.
Ninguém tem feito nada para controlar o fenómeno, que me parece ser uma sociedade anónima para a PJ, visto que outros OPCs já começaram a espreitar no terreno a oportunidade de dar mais uma facada na Instituição, que devia tratar,investigar e controlar, um sector como este onde muitos enriquecem com a receptação de artefactos roubados. Encorajando outros ao roubo dos mesmos, daí o aumento dos roubos de AMARELO, cada dia mais cotado.
A Brigada de Fiscalização, vulgarmente conhecida pela "Brigada dos Reformados", não por despeito dos reformados que deram algo a esta Instituição, mas porque quem dirige e coordena a mesma, não sabe ou não quer que este sector de investigação seja mais um Elo de união e sucesso de toda a investigação do crime de roubo de amarelo. Que saudades do tempo da Brigada Externa e do Arquivo de Registo e Informações... Nessa altura á alguns anos atrás, a informação era conseguida no terreno e tratada, dando origem ao controlo da coisa, hoje é possível ver a olho nu individuos que , ou não têm processo na Brigada de fiscalização para mandarem o mapa com tudo aquilo que compram e são mais que as mães, ou têm mas, pura e simplesmente mandam os mapas vazios com a incrição "Sem movimento". Não á nasa a fazer senão fechar a loja e enviar esse trabalho para outro OPC que tratará como deve ser essa situação...
Um dia, já lá vão alguns anos, um Investigador por quem tenho apreço e admiração, escreveu na Revista de Investigação Criminal um cartoon que retratava o seguinte:
Numa redacção de um Jornal da Capital do Norte: - Batem á porta...Entre... Bom dia, eu sou Inspector da PJ e estou aqui a ver se o Senhor Chefe de redacção tem um crimezinho para eu investigar?!...
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