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domingo, 23 de outubro de 2011

Os donos de Portugal

Será a primeira nódoa no Governo?

A electricidade aumenta amanhã. Vale a pena ver o que disse Luís Marques Mendes à TVI24 no passado dia 13:

«Governo estava a criar um imposto para lançar sobre as energias renováveis para que diminuindo estes encargos a factura de electricidade também pudesse diminuir. Só que no entretanto a EDP e o presidente da EDP se opuseram, o Governo pelos vistos agachou-se perante a EDP e o presidente da EDP».
«De uma assentada o que é que nós temos? Temos o Ministério da Economia que estava a tratar disto desautorizado, o presidente da EDP e a EDP parece que são o Estado dentro do Estado», concluiu Marques Mendes.

Parece que um Secretário de Estado da Energia se quis demitir... o argumento que venceu escudou-se na privatização da EDP.

O objectivo da secretaria de Estado da Energia, liderada por Henrique Gomes, visava arrecadar cerca de 200 milhões de euros para reduzir os chamados custos de interesse económico, que derivam das opções de política energética dos últimos anos, cujo reflexo nos preços pagos pelos consumidores não pára de aumentar. Esta taxa visava igualmente as centrais de cogeração e as energias renováveis.

Mas António Mexia tem muita força....

3 comentários:

Anónimo disse...

MANIFESTO

Desculpem se vos escrevo anónimo, mas todos devem entender. Afinal somos todos anónimos. Todos sofremos no anonimato as notícias duras e sem esperança que nos vêem parar à frente pelos ecrãs.

Desculpem estes escritos com o coração na boca. Também isso devem compreender, pois todos nos sentimos com vontade de partir ou esmagar algo ou alguém ante tanta ganância e malvadez.

Mas é que eu acho que temos responsabilidades e podemos fazer mais. Não podemos continuar assim a ver tudo como se não víssemos nada e a contar os tostões que nos roubam da carteira sem uma tentativa de resistência a quem se atreve a mandar-nos para uma iníqua existência.

É que eu acho que foram cometidos crimes, e que estão a ser cometidos crimes, e que esses crimes são públicos, e que qualquer um pode denunciar, abrindo-se processo e investigação.

É que eu acho que há crimes de burla, de fraude, de falsificação, de abuso de confiança, de peculato, de corrupção, de abuso de poder, … todos da nossa competência investigar.

Crimes que lesaram e lesam o povo português, todos nós. Que nos vão conduzir à miséria através de um saque múltiplo, continuo, avassalador, sem piedade, até ao último centimo. Que vai transferir grande parte dos rendimentos e dos bens existentes, colectivos ou pessoais, para os criminosos que nos governaram e governam e para os tubarões financeiros a eles associados.

É um saque que se avizinha sem precedentes na história desta nação e estamos todos sozinhos em casa com as nossas famílias à espera do que vai acontecer e rezar para que tudo passe depressa por decisão de uns senhores que só vemos nas televisões lá do centro da Europa.

E decidam o que decidirem já fomos roubados, burlados, executados, tornados pobres por que alguém quis levar longe demais a sua ganância sobre o nosso património comum e individual.

É por isso que desejava que se formasse uma nova consciência do investigador criminal, homem livre que é – que eu penso que muitos de nós somos. De elevado interior crítico, sensível ao mundo injusto que nos rodeia e que por força da nossa profissão bem conhecemos e que, como “canta” a Sophia, “não podemos ignorar”.

A miséria que leva ao roubar para sobreviver e dar de comer aos filhos em estado de necessidade absoluta não é nada comparado com o que se tem feito neste país por gente disfarçada de servidor público de alta responsabilidade. Não é nada comparado com a alta criminalidade financeira que espolia diariamente milhões a todos nós.

É por isso que temos de reagir e exigir investigar os crimes mais graves cometidos contra a nossa comunidade e deixar para depois tudo o que são bagatelas comuns.

A nossa responsabilidade é enorme e difícil mas acho que podemos fazer mais.

Pode-se e deve-se orientar prioritariamente as investigações para o que é verdadeiramente importante, para o crime organizado, para as fraudes incomensuráveis que se têm cometido neste país.

Seria de avançar para um congresso extraordinário, deixar por momentos lutas antigas e preparar lutas actuais e futuras.

Um congresso de debate, de pressão, para um serviço de investigação reorganizado e orientado para a perseguição da criminalidade gravíssima que a todos afecta.

Pode haver quem diga que não vai dar nada, que eles é que têm o poder, mas não podemos cair sem lutar, sem dizer palavra. Temos de nos organizar, resistir. Recusar em absoluto a ideia que por vezes paira sobre as policias comuns de que todos somos uns meros serventuários do poder.

Não, nós somos diferentes. Somos melhores… E, sobretudo, os bandidos têm de perceber que correm um risco redobrado quando extorquem todo um povo e o conduzem à pobreza e à inerente condição de escravo.

Temos de fazer algo.

Como “canta” a Sophia,

Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror

Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado.

Um Inspector

Anónimo disse...

Concordo com o comentário anterior. Concordo inteiramente. Mas alguns aqui continuam a defender que "voltemos às raízes", que voltemos ao "paradigama anterior", que 1945 é aplicável aos nossos dias, etc. Como diz o comentário, acordem... Há um nível de crime organizado, nacional e internacional que põe em causa a sociedade e os princípios de organização do Estado. E é desses crimes que a PJ deve tratar. Não daqueles que dão notícias e fama. Esses é para aqueles que se escudam atrás dos paradigmas e quejandos porque mantêm tudo na mesma e não os obriga a exporem-se por novos caminhos. Parabens ao autor do comentário.
Outro Inspector

Anónimo disse...

Sobre o manifesto do inspector:

Parece-me que o seu texto ficou longo de mais, nao quereria antes dizer isto...
O nosso pais e empresas publico privadas tem sido extremamente bem geridas e estao fortes financeiramente,
dai os vencimentos e premios chorudos, de milhoes, que os gestores auferem ao fim do ano. Sera que alguem os vai responsabilizar e fazer repor o dinheiro?...NINGUEM
Mas a piada do seculo foi a do sr. Silva dizer que nao percebia nada de accoes, aquando do escandalo com o BPN. Coitado, parece que foi professor de economia mas nao percebe patavina nem domina a terminologia destes negocios.
Sao Estes senhores que vao ficar na Historia?...Sao estes os governantes que merecemos?...Misero pa'is
Desculpem as gafes na escrita.
Ass. Ainda outro inspector

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Lisboa, Portugal
Investigador Criminal